EUA atacam Iêmen após mísseis atingirem área do aeroporto de Tel Aviv, afirmam rebeldes houthis
Segundo os houthis, a ofensiva dos Estados Unidos contra a capital Sanaa, nesta segunda-feira (5), teria deixado 16 feridos. A cidade está nas mãos dos rebeldes iemenitas, que assumiram a responsabilidade por um ataque com mísseis neste domingo (4) contra o aeroporto internacional de Ben Gurion, em Israel.
Segundo os houthis, a ofensiva dos Estados Unidos contra a capital Sanaa, nesta segunda-feira (5), teria deixado 16 feridos. A cidade está nas mãos dos rebeldes iemenitas, que assumiram a responsabilidade por um ataque com mísseis neste domingo (4) contra o aeroporto internacional de Ben Gurion, em Israel.
O objetivo dos rebeldes houthis foi "atingir os aeroportos israelenses". Eles pediram a "todas as companhias aéreas internacionais" que levassem suas ameaças a sério, "cancelando seus voos para os aeroportos do inimigo Israel".
Esta é a primeira vez que um míssil disparado pelos rebeldes atinge o perímetro do aeroporto, de acordo com um porta-voz militar israelense. O tráfego aéreo foi brevemente interrompido e várias companhias aéreas, incluindo Lufthansa, Air India e Air France, suspenderam seus voos temporariamente.
De acordo com um fotógrafo da AFP, o míssil caiu em uma área arborizada ao lado de uma rampa de acesso aos estacionamentos do Terminal 3. Segundo as autoridades israelenses, seis pessoas ficaram levemente feridas. Após uma investigação, o Exército israelense disse que não houve "nenhuma falha de detecção e interceptação", mas um "problema técnico com o interceptador".
Os Estados Unidos, principal apoiador de Israel, intensificaram seus ataques aos houthis desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro, para forçá-los a parar de atirar nos navios. De acordo com o Pentágono, cerca de mil alvos rebeldes foram atingidos desde o dia 15 de março, deixando vários combatentes e líderes mortos.
Solidariedade aos palestinos
Os houthis, que alegam ser solidários aos palestinos, reivindicaram a responsabilidade por dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel, a mais de 1.800 km de distância, desde o início da guerra entre o país e o Hamas em Gaza, em 7 de outubro. Quase todos os tiros foram interceptados pelo Exército israelense.
O grupo rebelde também realizou ataques a navios potencialmente ligados a Israel no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, ao largo do Iêmen, duas rotas importantes para o comércio marítimo.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu represálias contra os rebeldes iemenitas. Israel realizou vários ataques nos últimos meses contra alvos estratégicos dos houthis no Iêmen. "Os ataques houthis vêm do Irã. Israel responderá no momento e no lugar certo", acrescentou o chefe do governo.
Irã nega envolvimento
O Irã é um apoiador dos houthis, que controlam grandes áreas do Iêmen, devastado pela guerra desde 2014. O país negou nesta segunda-feira ter fornecido qualquer ajuda militar ao grupo, dizendo que "a ação dos iemenitas em apoio ao povo palestino foi uma decisão independente realizada em solidariedade" com os palestinos, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
O país garantiu nesta segunda-feira (5) que reagiria em caso de ataque em seu território. "O Irã reafirma sua determinação de defesa", diz o comunicado, que alerta Israel e os Estados Unidos sobre as "consequências" de um possível ataque.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu governo intensificaram as ameaças contra o regime iraniano nos últimos meses por seu apoio aos houthis.
Com informações da AFP
-1ji4imcamuhx4.png){kind=logo}
A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
