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Mundo

EUA aplicam sanções contra empresa de mineração de Myanmar

Empresa de pedras preciosas é fundamental para arrecadação

8 abr 2021 - 13h05
(atualizado às 13h14)
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Os Estados Unidos anunciaram mais uma sanção contra Myanmar após o golpe de Estado aplicado pelos militares no início de fevereiro. Nesta quinta-feira (8), o Departamento de Comércio incluiu a estatal Myanmar Gems Enterprise na lista de empresas punidas, com o congelamento de qualquer transação e comercialização com o país.

Myanmar tem protestos diários contra o golpe militar de 1º de fevereiro
Myanmar tem protestos diários contra o golpe militar de 1º de fevereiro
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A estatal é a principal mineradora e negociadora de gemas e de pedras preciosas do país e uma das mais importantes fontes de arrecadação financeira dos militares.

"A ação de hoje reforça o compromisso do Tesouro dos EUA em negar fontes de financiamento aos militares birmaneses, inclusive de empresas estatais importantes", disse o diretor do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento de Comércio, Andrea Gacki, em nota oficial.

Myanmar é considerado o principal fornecedor mundial de jade e tem um papel importante na venda de rubis e de pedras preciosas de alto valor comercial. Com a decisão, assim como as sanções anteriores, o objetivo é atacar as Forças Armadas com o mínimo de impacto possível na população civil.

Anteriormente, o governo de Joe Biden já havia sancionado os principais responsáveis pelo golpe e que, agora, se autodeclaram a junta militar que governa a nação. Além dos norte-americanos, a União Europeia e o Reino Unido já haviam aplicado sanções semelhantes contra as principais figuras das ações antidemocráticas.

Desde o golpe, em 1º de fevereiro, 598 civis foram mortos nos protestos pela retomada da democracia, conforme cálculos da ONG tailandesa Associação para Assistência dos Prisioneiros Políticos. Ainda segundo a organização, há 2.847 presas por participarem dos atos.

Além de tomarem o poder, os militares prenderem a líder "de facto" do país, Aung San Suu Kyi, e o presidente Win Myint.

Desde então, os cidadãos vão diariamente às ruas para protestar pela democracia.

Myanmar só voltou a ter eleições livres em 2015, após 25 anos de regime militar, e realizou o segundo pleito em 8 de dezembro de 2020. Em ambos os casos, o partido de Suu Kyi, o Liga Nacional para a Democracia (NLD), foi o mais votado amplamente. No entanto, em fevereiro, alegando uma suposta "fraude eleitoral", as Forças Armadas tomaram o poder.

Restrições para China -

Também nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio aplicou restrições de exportação contra sete empresas e laboratórios chineses, segundo informou o jornal "The Washington Post".

Os afetados são acusados de terem ajudado a desenvolver supercomputadores para produzir armas nucleares e com tecnologia muito avançada. Eles ainda tinham o foco de ajudar, segundo o site, na construção do primeiro computador exascale da China. Um aparelho do tipo pode fazer trilhões de cálculos por segundo. .

Ansa - Brasil   
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