Trump deve assinar ordem para retomar o nome 'Departamento de Guerra' no lugar de 'Defesa'
Título foi inicialmente imposto pelo primeiro presidente norte-americano e abandonado em 1949
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai assinar nesta sexta-feira, 6, uma ordem executiva para dar início ao processo de renomeação do Departamento de Defesa como Departamento de Guerra.
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De acordo com um documento obtido pela CBS News, a medida autoriza o uso do termo Departamento de Guerra como "título secundário" e permite que o atual secretário de Defesa, Pete Hegseth, adote a designação de Secretário de Guerra. Outras agências federais deverão "reconhecer e acomodar" a nomenclatura.
O texto também prevê que o secretário apresente sugestões de "ações legislativas e executivas" para tornar a alteração definitiva. Ainda conforme o jornal norte-americano, a Casa Branca argumenta que a retomada do nome, que foi usado até o fim da década de 1940, tem valor simbólico. "O termo Departamento de Guerra transmite uma mensagem mais forte de prontidão e determinação", diz.
Trump já havia criticado o termo atual, consolidado em legislação federal. Na última semana, declarou que o título "Departamento de Defesa" é "defensiva demais". Segundo ele, "queremos ser defensivos, mas também queremos ser ofensivos, se for necessário". Para ele, a mudança ocorreu porque "nos tornamos politicamente corretos".
A medida não detalha os custos da substituição, que envolve ajustes em veículos oficiais, uniformes, papelaria, entre outros elementos.
Origem da mudança
O nome Departamento de Guerra foi dado pelo primeiro presidente, George Washington, e vigorou até 1949, quando houve a fusão do órgão com o Departamento da Marinha. Dois anos antes, sob o governo de Harry Truman, foi criada a figura do secretário de Defesa, como parte da reestruturação pós-Segunda Guerra Mundial que tinha como objetivo reduzir gastos e modernizar a burocracia militar.