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Estados Unidos

Obama diz que atacará a Síria, mas espera apoio no Congresso

'Estou preparado para dar a ordem de ataque', disse o presidente americano

31 ago 2013 - 14h55
(atualizado em 4/12/2013 às 15h47)
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Obama fez proncunamento em tom belicista ao lado do vice-presidente Joe Biden
Obama fez proncunamento em tom belicista ao lado do vice-presidente Joe Biden
Foto: AP

Os Estados Unidos devem promover uma ação militar contra a Síria, porém o país irá antes buscar a aprovação do Congresso, afirmou em um discurso neste sábado o presidente americano, Barack Obama. Em tom belicista, o democrata citou as vítimas do suposto ataque com armas químicas que teria sido levado a cabo pelo governo sírio para justificar a decisão americana e acusou Bashar al-Assad, a quem chamou de ditador, de ser responsável pelo "pior ataque com armas químicas do século" no último dia 21, na periferia de Damasco, que segundo a Casa Branca deixou mais de 1,4 mil mortos.

Obama afirmou que vai pedir autorização do Congresso apesar de dispor de amplos poderes legais para tomar uma ação militar - atitude que defendeu no discurso de hoje. Ele já havia deixado claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar o governo sírio pelo ataque, porém legisladores expressaram reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques, e o presidente afirmou o apoio é importante para a democracia americana. A intervenção defendida pelo presidente americano ocorre porque o uso de armas químicas "representa um perigo à segurança nacional" e é "um assalto à dignidade humana", nas palavras de Obama.

Obama anuncia intervenção militar na Síria mas pede apoio do Congresso:

"Vou pedir autorização para o uso da força aos representantes da população americana no Congresso. Teremos debate e votação quando o Congresso retornar ao trabalho (no dia 9 de setembro, após recesso)", disse o presidente americano em um pronunciamento no Jardim da Casa Branca acompanhado do vice-presidente, Joe Biden. "Estamos preparados para atacar quando quisermos", disse o democrata.

"É a coisa certa a se fazer para nossa democracia", disse Obama. "Sei bem que estamos cansados de guerra. Acabamos de pôr fim a uma guerra no Iraque, outra no Afeganistão. Não espero que cada nação vá nos apoiar. Mas somos os Estados Unidos da América. Não podemos, e não devemos, fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco. É hora de mostrar ao mundo que a América se mantém fiel a seus compromissos."

O discurso de menos de 10 minutos foi realizado um dia depois de a Casa Branca divulgar uma avaliação de inteligência em que afirmava ter "muita confiança" de que o governo sírio foi responsável pelo ataque em 21 de agosto com armas químicas em uma dúzia de bairros nos arredores de Damasco que mataram pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças.

Funcionários de alto escalão da Casa Branca disseram acreditar que o Congresso norte-americano vai votar a favor da intervenção militar dos Estados Unidos na Síria por causa da ameaça que armas químicas representam para Israel e outros aliados na região.

Pedido formal

Horas depois do anúncio, a Casa Branca enviou ao Congresso o projeto de resolução para autorizar o uso da força contra a Síria. O texto, elaborado por funcionários da Casa Branca, não estabelece um prazo para a ação militar.

O documento, dirigido aos presidentes da Câmara dos Representantes e do Senado, estabelece que o "objetivo" do uso da força militar dos EUA contra a Síria é evitar o uso no futuro de "armas de destruição em massa" nesse país.

Além disso, solicita uma autorização para que Obama use a força da forma que considerar "necessária" e "apropriada", em relação ao uso de armas químicas e outros tipos de armamentos de destruição em massa no conflito sírio.

Com informações de agências internacionais.

Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria

info infográfico síria forças ocidentais
info infográfico síria forças ocidentais
Foto: AFP

Fonte: Terra
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