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Oriente Médio

Confira 5 possíveis efeitos colaterais de um ataque dos EUA à Síria

31 ago 2013 - 12h11
(atualizado às 15h56)
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E se os Estados Unidos decidirem lançar uma ação militar contra a Síria, o que pode acontecer? Na tarde deste sábado, o presidente Barack Obama afirmou que pretende atacar a Síria, aguardando apenas a aprovação do Congresso. "Vou pedir autorização para o uso da força aos representantes da população americana no Congresso. Teremos debate e votação quando o Congresso retornar ao trabalho", disse o presidente americano em um pronunciamento no Jardim da Casa Branca acompanhado do vice-presidente, Joe Biden. "Estamos preparados para atacar quando quisermos", disse o democrata.

O jornal americano USA Today listou cinco possíveis cenários diante da ação militar, relatando eventuais efeitos colaterais do ataque.

1) Falha

O ataque falha e não consegue impedir Bashar al-Assad, a quem o jornal chama de ditador, de continuar sua "matança de civis" para interromper a rebelião que já dura mais de dois anos. Uma falha dessas colocaria muita responsabilidade sobre o presidente Barack Obama e resultaria em pressão sobre os Estados Unidos para aumentar ainda mais o uso da força, uma vez que a barreira que impede o uso das armas militares americanas teria sido cruzada.

2) Retaliação da Síria

A Síria lança um ataque sobre a vizinha Israel para tentar reagir: uma resposta que ameaçaria a parte do Oriente Médio aliada aos Estados Unidos que se opõe a Assad, mas não quer apoiar Israel - países como Jordânia, Arábia Saudita, Turquia e os Emirados Árabes Unidos.

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AFP

Acompanhe a cobertura exclusiva do Terra através do trabalho dos jornalistas Tariq Saleh e Mauricio Morales. Sediado no Líbano, país vizinho e sensível à crise síria, Saleh conversou com sírios, visitou refugiados e ouviu analistas para acompanhar o desenrolar de um conflito complexo e com desfecho ainda incerto. Enviado especial para o conflito, Morales passou dias com rebeldes para conhecer sua visão do conflito.

3) Irã vem à tona

O Irã tem ameaçado com frequência sobre o uso de suas embarcações navais para limitar o acesso ao Estreito de Ormuz, uma região no Golfo Pérsico próxima à costa iraniana por onde 20% do petróleo do mundo passa. O movimento forçaria a Marinha americana a responder com outros possíveis ataques militares. O Irã, uma teocracia xiita muçulmana, poderia estimular grandes populações xiitas em países árabes aliados para se revoltar contra seus líderes.

4) Ataque terrorista

Grupos terroristas no Oriente Médio, como Hamas e Hezbollah, lançam ataques contra alvos americanos na região, bem como a aliados dos Estados Unidos. Esses alvos poderiam incluir bases como o porto da V Frota da Marinha americana no Bahrein.

5) Rússia vence

A Rússia, que sob o comando de Vladimir Putin aumentou a repressão interna enquanto tenta fazer crescer sua influência internacional, se tornaria uma peça importante no Oriente Médio ao ajudar a Síria a resistir ao ataque americano. Isso fortaleceria o eixo antiamericano de Irã e Síria e levar a uma maior desestabilização da região com importantes valores econômicos e estratégicos para as nações ocidentais.

Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria

info infográfico síria forças ocidentais
info infográfico síria forças ocidentais
Foto: AFP

Fonte: Terra
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