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Estados Unidos

Obama: ataques na Síria mostram que EUA não estão sozinhos

Bombardeios realizados por coalização nesta terça-feira mataram pelo menos 120 jihadistas

23 set 2014 - 11h45
(atualizado às 11h46)
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Obama falou da Casa Branca sobre ataques realizados contra os jihadistas da Síria
Obama falou da Casa Branca sobre ataques realizados contra os jihadistas da Síria
Foto: Gary Cameron / Reuters

O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta terça-feira que a coalizão de nações árabes envolvida nos primeiros ataques aéreos americanos na Síria mostrou que os Estados Unidos não estão sozinhos no combate ao grupo Estado Islâmico.

Obama também advertiu após os bombardeios realizados pelos Estados Unidos com o apoio de Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabe Unidos, Catar e Jordânia que a operação contra o Estado Islâmico levará tempo, mas que ele fará o que for necessário para derrotar o grupo.

Segundo também afirmou o presidente, a batalha contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) "levará tempo" e significará "desafios", mas ressaltou a importância da coalizão internacional que apoiou a primeira rodada de ataques dentro da Síria.

"Vamos fazer o que for necessário para acabar com este grupo terrorista", afirmou Obama em discurso realizado antes do governante ir para a Assembleia das Nações Unidas em Nova York.

Os ataques desta terça-feira

Os Estados Unidos e seus aliados árabes bombardearam a Síria pela primeira vez nesta terça-feira, matando dezenas de combatentes do Estado Islâmico e membros de outro grupo ligado à Al Qaeda, e abrindo uma nova frente de batalha contra os militantes ao se juntar à guerra civil de três anos em solo sírio.

O Comando Central dos EUA informou que Barein, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos participaram ou apoiaram os ataques contra os alvos do Estado Islâmico nos arredores das cidades de Raqqa, Deir al-Zor, Hasakah e Albu Kamal, no leste da Síria.

Aviões de guerra e mísseis de cruzeiro Tomahawk lançados de navios atingiram “combatentes, complexos de treinamento, quartéis-generais e instalações de comando e controle, instalações de armazenagem, um centro financeiro, caminhões de suprimento e veículos armados”, declarou o organismo.

Washington ainda afirmou que forças norte-americanas agindo sozinhas lançaram oito ataques em outra área da Síria contra o "Grupo Khorasan", unidade da Al Qaeda que autoridades dos EUA descreveram nos últimos dias como uma ameaça semelhante à do Estado Islâmico.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que monitora a guerra na Síria, disse que pelo menos 70 combatentes do Estado Islâmico foram mortos em incursões que atingiram no mínimo 50 alvos em Raqqa, Deir al-Zor e em províncias de Hasakah, no leste sírio.

A entidade afirmou que pelo menos 50 combatentes e oito civis foram mortos em ataques que miraram a afiliada síria da Al Qaeda, a Frente Al-Nusra, nas províncias de Aleppo e Idlib, no norte, aparentemente se referindo aos ataques que os norte-americanos disseram ter por alvo o Khorasan.

O Observatório declarou que a maioria dos militantes da Frente Al-Nusra mortos não era formada por sírios. Os ataques aéreos cumprem a promessa do presidente dos EUA, Barack Obama, de atuar na Síria contra o Estado Islâmico, grupo sunita que ocupou vastas áreas da Síria e do Iraque impondo uma interpretação medieval do islamismo, decapitando prisioneiros e ordenando a xiitas e não-muçulmanos que se convertam ou morram.

Assad apoia ataques americanos

O presidente sírio Bashar al Assad afirmou nesta terça-feira que seu país apoia qualquer esforço internacional contra o terrorismo, depois dos bombardeios no território sírio realizados pelos Estados Unidos contra o grupo Estado Islâmico (EI), anunciou a agência oficial Sana.

"A Síria prosseguirá com firmeza a guerra que está travando há anos contra o terrorismo takfiri (extremistas sunitas). Apoiamos todo esforço internacional para lutar contra o terrorismo", afirmou Assad, ao receber um enviado do primeiro-ministro iraquiano Haidar al Abadi, segundo a Sana.

Com informações da AFP, Reuters e EFE. 

Fonte: Terra
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