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Estados Unidos

Hillary Clinton queria armar rebeldes sírios, segundo livro

6 jun 2014 - 00h08
(atualizado às 00h11)
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<p>Apesar de apoiar o armamento de rebeldes, Hillary disse que respeitou a decis&atilde;o do presidente Obama em n&atilde;o autorizar a medida</p>
Apesar de apoiar o armamento de rebeldes, Hillary disse que respeitou a decisão do presidente Obama em não autorizar a medida
Foto: Reuters

Hillary Clinton defendeu a entrega de armas aos rebeldes sírios quando era secretária de Estado do presidente Barack Obama, no início do conflito, revela nesta quinta-feira a CBS News com base em trechos do livro de memórias Hard Choices, da ex-primeira dama.

"Os problemas complicados raramente têm uma resposta correta. De fato, parte do que os faz complicados é que cada opção parece pior que a outra. E foi assim com a Síria" - escreveu Clinton sobre o conflito que em três anos já deixou mais de 162 mil mortos.

Hard Choices, o livro de memórias de Hillary Clinton, será lançado na próxima terça-feira nos Estados Unidos. "Os riscos de agir e de não agir eram ambos elevados, mas a inclinação do presidente foi a de manter o curso das coisas e de não dar o significativo passo à frente de armar os rebeldes", escreveu.

"Ninguém gosta de perder um debate, inclusive eu, mas era a decisão do presidente e respeitei suas deliberações", revela Hillary Clinton sobre o período na liderança do departamento de Estado, que abandonou em 2013.

No mesmo livro, Clinton revela que atuou para resgatar o soldado americano Bowe Bergdahl, trocado por cinco talibãs afegãos presos em Guantánamo, em uma operação que deflagrou uma tempestade política em Washington.

"Em cada discussão sobre os prisioneiros, pedíamos a libertação do sargento Bowe Bergdahl, capturado em 2009. Não iria haver qualquer acordo sobre prisioneiros sem a volta do sargento para casa".

"Sempre admiti que abrir a porta às negociações com os talibãs seria difícil de tragar para muitos americanos após tantos anos de guerra".

Único militar americano detido no Afeganistão desde que os Estados Unidos iniciaram a guerra ao país, em 2001, Bergdahl foi libertado no sábado em troca de cinco importantes dirigentes do regime talibã presos em Guantánamo.

A euforia inicial pela libertação em Washington foi substituída por um conflito político, com os republicanos acusando Obama de ser um líder ingênuo e um comandante-em-chefe irresponsável.

Além disso, o acordo foi criticado pelos rumores de que Bergdahl desertou de seu posto no Afeganistão há cinco anos atrás.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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