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Estados Unidos

EUA iniciam homenagem aos 50 anos de marcha de Luther King

22 ago 2013 - 01h46
(atualizado às 02h06)
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Os Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira a semana de atos em homenagem ao 50º aniversário da histórica Marcha sobre Washington pelos direitos civis, a qual será encerrada somente na próxima quarta-feira com um discurso de Barack Obama, ato que revive o discurso feito por Martin Luther King Jr no ano de 1963.

O tiro de largada foi dado na tarde desta quarta-feira com um serviço inter-religioso realizado na igreja batista Mt. Airy, a poucos metros do Capitólio, situado no coração de Washington e em uma área com grande presença da comunidade afro-americana.

A cerimônia em questão contou com a presença de mais de mil pessoas, que aplaudiam e gritavam a cada vez que o nome de Barack Obama era pronunciado, já que o mesmo sempre era seguido da expressão: "o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos".

"Todos nós temos a fé do reverendo Martin Luther King. É lindo ter um sonho capaz de durar para sempre", indicou no Parlamento inaugural a co-presidenta da Rede Nacional de Clérigos Afro-americanos, Barbara Williams-Skinner.

Entre canções gospel e um tom festivo, a cerimônia também contou com a participação de membros e oradores de distintas confissões religiosas e grupos étnicos, além do próprio prefeito da capital americana, o também afro-americano Vincent Gray.

"O reverendo King foi um campeão dos direitos civis em nome da liberdade e da justiça para todos. Nos reunimos aqui nesta semana porque queremos que seus esforços, sua dedicação e suas conquistas prevaleçam para nossos filhos", indicou o rabino David Saperstein, um dos oradores judeus convidados.

No dia 28 de agosto de 1963, Martin Luther King liderou a "Marcha por Trabalhos e Liberdade", que canalizou o mal-estar latente em relação às injustiças sociais, especialmente em direção aos negros, e contribuiu para mudar a dinâmica do país nos anos seguintes.

O movimento pacífico impulsionado por King alcançou a aprovação da Lei dos Direitos Civis (1964) e a Lei do Direito ao Voto (1965), leis criadas para proibir a discriminação por razão de raça, gênero, religião e nacionalidade, marcando assim um marco na luta pelos direitos das minorias nos EUA.

Cinquenta anos depois, os EUA se encontram sob o segundo mandato do primeiro presidente negro de sua história, Barack Obama, quem aproveitará a data para emular, desde o icônico monumento a Abraham Lincoln, o reverendo King, que, segundo ele mesmo, é uma fonte de inspiração.

Em seu discurso, previsto para próxima quarta-feira, Obama estará acompanhado de outros dois presidentes democratas vivos, Bill Clinton e Jimmy Carter, além de membros da família de Martin Luther King e vários ativistas e líderes de movimentos sociais.

Entre a missa de hoje e o discurso de Obama da quarta-feira, Washington viverá uma intensa semana de celebrações e reconhecimentos em direção a todas as minorias do país, com um especial enfoque na comunidade afro-americana.

EFE   
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