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Com problemas em casa, Trump faz maior viagem presidencial

3 nov 2017 - 09h11
(atualizado às 10h12)
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Atormentado por problemas em casa, Donald Trump embarca nesta sexta-feira (3) para a viagem mais longa de um presidente dos Estados Unidos à Ásia em mais de um quarto de século em busca de ajuda para pressionar a Coreia do Norte a recuar na atual crise nuclear.

A turnê de Trump por Japão, Coreia do Sul, China, Vietnã e Filipinas desta sexta-feira até o dia 14 de novembro o afastará de Washington, onde está sendo assolado por vários desafios.

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixa coletiva de imprensa na Casa Branca, em Washington 23/10/2017 REUTERS/Joshua Roberts
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixa coletiva de imprensa na Casa Branca, em Washington 23/10/2017 REUTERS/Joshua Roberts
Foto: Reuters

Entre eles está uma investigação federal cada vez mais abrangente sobre a suposta interferência da Rússia na eleição do ano passado, a recuperação de Nova York de um ataque que deixou oito mortos e o debate de um plano de cortes de impostos que, se aprovado pelo Congresso, será sua primeira grande vitória legislativa.

A última vez em que um presidente norte-americano esteve na Ásia por tanto tempo foi no final de 1991 e começo de 1992, quando George H.W. Bush adoeceu durante um jantar oficial no Japão.

A ausência prolongada de Trump alarmou alguns aliados que, depois de verem uma tentativa de reforma do sistema de saúde fracassar, temem que a reforma tributária sofra por ele não estar por perto para manter o ímpeto.

"É uma viagem longa demais e só prejudicará mais sua prioridade mais importante, que é aprovar sua agenda legislativa no Congresso", disse um conselheiro externo de Trump, que falou sob condição de anonimato. "Ir à Ásia não serve em nada para levar adiante sua agenda de corte de impostos ou ajudá-lo em seus esforços de reeleição".

Funcionários da Casa Branca minimizaram os temores, insistindo que Trump consegue manter o foco em uma variedade de temas onde quer que esteja.

A viagem acontece poucos dias depois de Paul Manafort, um ex-gerente de campanha de Trump, ser indiciado na investigação da Rússia.

Enquanto tuitava vigorosamente sobre os desdobramentos desta semana, Trump disse ao jornal New York Times na quarta-feira que "não está bravo com ninguém" em função do caso e que nada insinua qualquer conluio entre sua campanha e Moscou.

Na manhã desta sexta-feira Trump voará para o Havaí, onde para brevemente para receber um informe sobre as forças militares dos EUA no Pacífico e fazer uma visita a Pearl Harbor.

Depois ele visitará o Japão e a Coreia do Sul em busca de uma frente unida contra a Coreia do Norte antes de ir a Pequim, onde pressionará seu colega chinês, Xi Jinping, a endurecer com Pyongyang.

Novas acusações da investigação do FBI sobre a relaçāo de Trump e Rússia:
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