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Estados Unidos

Assessor de Obama e congressistas negam clemência para Snowden

4 nov 2013 - 06h35
(atualizado às 06h36)
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Um alto funcionário da Casa Branca e vários congressistas americanos afirmaram que não haverá clemência para o ex-consultor do serviço inteligência Edward Snowden, responsável pelo vazamento de milhares de documentos secretos sobre a espionagem do governo americano ao redor do mundo.

O assessor da Casa Branca Dan Pfeiffer e os presidentes das comissões de Inteligência do Senado e da Câmara de Representantes fizeram a afirmação depois que um parlamentar alemão divulgou uma carta de Snowden, refugiado na Rússia, que indicou estar disposto a testemunhar no Congresso alemão para esclarecer "delitos provavelmente graves" dos Estados Unidos.

"O sr. Snowden violou as leis dos Estados Unidos. Deveria retornar aos Estados Unidos e enfrentar a justiça", disse Pfiffer ao canal ABC.

A senadora Dianne Feinstein declarou ao canal CBS que Snowden perdeu a oportunidade de falar ao Congresso de seu país. "Teve uma oportunidade de pegar um telefone e ligar para a comissão de Inteligência da Câmara ou do Senado e dizer: 'Olhem, tenho uma informação que deveriam examinar", disse Feinstein.

"Teríamos recebido e examinado a informação. Isto não aconteceu e afora ele provocou este enorme prejuízo ao país", completou a democrata. "E penso que a resposta é não ter clemência", destacou, antes de de afirmar que o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA) deveria ser processado.

A Rússia concedeu asilo temporário a Snowden, o que irritou o governo dos Estados Unidos, que o acusa de espionagem. O congressista republicano Mike Rogers afirmou que não vê "nenhuma razão" para conceder clemência a Snowden.

"Se deseja retornar e aceitar a responsabilidade de que assumiu e que roubou informação, violou seu juramento e revelou informação confidencial... ficaria feliz de ter esta conversa com ele", disse ao canal CBS.

No domingo, a revista alemã revista Der Spiegel publicou um texto de Snowden, que critica os programas de espionagem. "Tais programas não são apenas uma ameaça contra a privacidade. Eles ameaçam a liberdade de opinião e as sociedades abertas", acrescentou no texto publicado em alemão pela revista.

Sob o título "Um manifesto pela verdade", Der Spiegel indica que Snowden escreveu o texto em 1º de novembro em Moscou e que ele foi enviado para a sede da revista por meio de canal encriptado.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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