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Estados Unidos

Obama 'odeia' os vazamentos e não cogita perdoar Snowden, diz assessor

3 nov 2013 - 18h06
(atualizado às 18h07)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "odeia" o vazamento de informações confidenciais e não cogita conceder clemência ao responsável pelas revelações, Edward Snowden, asilado temporariamente em Moscou, afirmou o principal assessor de comunicações de Obama, Dan Pfeiffer, em entrevista à emissora ABC.

"O presidente sempre está frustrado pelos vazamentos", afirmou Pfeiffer. "Odeia os vazamento. Todo mundo odeia. Acho que todos que vazarem (dados) tem que pagar um preço", acrescentou.

Segundo ele a Casa Branca não cogita perdoar Snowden nas acusações de espionagem e roubo de propriedade governamental enfrentadas pelo analista nos Estados Unidos e afirmou que o jovem americano deveria voltar a seu país.

Snowden se reuniu recentemente com o parlamentar alemão Hans-Christian Ströbele em Moscou e entregou uma carta na qual pedia clemência ao governo dos EUA, com o argumento de que iniciou um debate útil sobre se espiões americanos estão se excedendo em suas atribuições graças ao poder da tecnologia.

Ströbele disse que Snowden deseja testemunhar no Congresso americano para explicar as revelações de espionagem. A solicitação de perdão foi rejeitada hoje também por dois destacados legisladores americanos.

"Não vejo nenhuma razão (para conceder clemência)", disse o presidente do Comitê de Inteligência na Câmara dos Deputados, o republicano Mike Rogers, à CBS.

Snowden "tem que voltar e assumir (o que fez), e podemos ter uma conversa", acrescentou, ressaltando que "roubou informação, violou seu juramento, revelou informação confidencial e, certamente, permitiu que três organizações terroristas distintas, filiais da Al Qaeda, tenham mudado a forma como se comunicam".

A presidente da Comissão de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, também considerou que Snowden "fez um dano enorme ao país" e "a resposta a isso é não conceder clemência".

"Confiávamos nele e deixou nosso sistema desprotegido; teve uma oportunidade, se é que realmente era um informante legal, de chamar os comitês de inteligência do Congresso e dizer que tinha informação, mas isso não ocorreu", acrescentou Dianne.

Rogers e Dianne garantiram que a Agência Nacional de Segurança (NSA) está fazendo o trabalho para o qual foi criada e Rogers se mostrou cético diante das críticas dos líderes europeus e da informação que Obama não sabia das escutas telefônicas à chanceler alemã Angela Merkel.

"Acho que vai haver um prêmio de melhor ator na Casa Branca este ano, e um prêmio ao melhor ator coadjuvante para a União Europeia", assinalou Rogers.

EFE   
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