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Estados Unidos

Americana que matou namorado com 30 facadas pode pegar pena de morte

Os promotores tentam provar que Jodi Arias cometeu crime hediondo e poderia ser condenada à morte

15 mai 2013 - 17h35
(atualizado às 17h39)
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Arias, 32 anos, foi condenada na semana passada por homicídio
Arias, 32 anos, foi condenada na semana passada por homicídio
Foto: AP

Durante a sessão desta quarta-feira do julgamento de Jodi Arias os promotores tentaram convencer os jurados de que a americana condenada por matar o namorado com 30 facadas deve pegar pena de morte. O palestrante motivacional e empresário Travis Alexander foi assassinado em 4 de junho de 2008 em Phoenix, no Estado americano do Arizona.

Arias, 32 anos, foi condenada na semana passada por homicídio. Agora, o julgamento entrou em uma nova fase, quando os promotores tentarão provar que ela cometeu um crime hediondo e, assim, poderia ser condenada à morte.

A família da vítima estava na primeira fila do tribunal quando o promotor Juan Martinez falou sobre o relatório do legista que examinou o corpo. Segundo ele, Travis Alexander estava no banheiro de casa quando viu Arias se aproximar pelo espelho com uma faca na mão. Fazendo uma explanação que fez a família de Alexander chorar, o acusador descreveu como o sangue jorrava pelo cômodo quando Arias começou a esfaqueá-lo sem parar.

"A última coisa que ele viu antes de ficar inconsciente foi a lâmina da faca chegar na sua garganta", disse Martinez. "E a última coisa que sentiu antes de deixar a Terra foi dor", completou.

A chamada fase de agravamento do julgamento deve ser rápida, já que há apenas uma testemunha de acusação e nenhuma de defesa. O momento mais dramático do júri ocorreu quando Martinez exibiu fotos da cena do crime e ficou em silêncio durante dois minutos com o objetivo de descrever quanto tempo Alexander foi golpeado antes de morrer.

Para rebater o argumento do promotor e tentar livrar Jodi Arias da pena de morte, a defesa alegou que a vítima pode não ter sentido muita dor porque a situação gerou muita adrenalina em seu corpo.

A única testemunha foi o médico legista que realizou a autópsia. Ele disse que Alexander não morreu calmamente e lutou pela vida, como evidenciado pelas numerosas feridas defensivas em seu corpo.

Arias confessou que matou Alexander em casa, no subúrbio de Phoenix. Inicialmente negou qualquer envolvimento, depois chegou a culpar supostos ladrões mascarados. Dois anos depois de sua prisão, mudou a versão novamente, alegando que agiu em legítima defesa quando a vítima a atacou.

Ela esfaqueou o namorado 30 vezes e cortou sua garganta, deixando o palestrante motivacional e empresário quase decapitado. Depois, arrastou o corpo mutilado para o box do banheiro, onde os amigos de Alexander o encontraram cerca de cinco dias depois.

Fonte: AP AP - The Associated Press. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser copiado, transmitido, reformado o redistribuido.
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