Entenda por que Belém foi escolhida para sediar a COP30
No início de 2023, o governo federal comunicou oficialmente que Belém sediaria a COP30. O evento acontece entre os dias 10 e 21 de novembro. Saiba os fatores que pesaram para a escolha da cidade.
Belém sedia a COP30, a Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas, entre os dias 10 e 21 de novembro. A escolha da capital do Pará para abrigar o evento deveu-se a uma série de fatores estratégicos e simbólicos. Eles consideraram o papel da Amazônia nas questões ambientais e a relevância da região para os acordos climáticos internacionais. Assim, o evento direciona o olhar mundial para o coração da maior floresta tropical do planeta e suas especificidades.
O comunicado oficial do governo federal de que Belém sediaria a COP30 ocorreu no início de 2023, após uma análise criteriosa das capacidades logísticas, da infraestrutura local e do contexto político-ambiental. A localização geográfica foi um dos diferenciais, pois a cidade está situada às margens do Rio Guamá e próxima de áreas de floresta amazônica, cenário fundamental para o debate sobre preservação dos biomas e desenvolvimento sustentável.
Quais fatores pesaram na escolha de Belém para a COP30?
Entre os principais elementos que influenciaram a seleção de Belém destaca-se a representatividade amazônica. Afinal, o Brasil é central no contexto global de mudanças climáticas, sendo responsável por abrigar 60% da floresta amazônica e o Pará tem percentual importante do bioma. Portanto, o evento fortalece a importância do bioma amazônico no cenário internacional, facilitando discussões diretamente ligadas às populações ribeirinhas, indígenas e comunidades tradicionais.
Além disso, aspectos práticos entraram na análise, como a existência de centros de convenções, rede hoteleira adequada, acessibilidade aérea e interesse político do governo do Pará em receber delegações internacionais. O engajamento local e federal também reforçou a proposta da cidade, colocando Belém em posição de destaque frente a concorrentes brasileiras e de outros países, facilitando a articulação de temas cruciais durante as negociações do evento.
Por que o protagonismo da Amazônia é tão relevante na COP30?
A Amazônia desempenha papel vital no equilíbrio climático do planeta. Afinal, seus ecossistemas são essenciais para a regulação do ciclo da água, armazenamento de carbono e manutenção da biodiversidade. Efetuar debates e negociações sobre políticas ambientais em solo amazônico potencializa a visibilidade das pautas urgentes. Entre elas estão o combate ao desmatamento e a busca por soluções sustentáveis para o desenvolvimento local.
O evento proporciona aos líderes mundiais e especialistas a chance de vivenciar na prática os desafios e as potencialidades do bioma. Isso incentiva não só decisões mais informadas, mas também o compromisso de países desenvolvidos com financiamento e cooperação técnica, fatores indispensáveis para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Como Belém se preparou para receber a COP30?
A prefeitura, em parceria com o governo estadual e federal, iniciou desde 2023 uma série de melhorias em infraestrutura urbana, transporte público, segurança e sustentabilidade. Projetos de saneamento básico, revitalização de áreas centrais e modernização do centro de convenções fazem parte das ações planejadas. Novas políticas para mobilidade urbana e o fortalecimento dos circuitos culturais também foram implementados para garantir uma experiência adequada aos visitantes.
- Melhorias viárias e de transporte coletivo
- Ampliação da rede hoteleira
- Projetos de saneamento e gestão de resíduos
- Gerenciamento ambiental e de áreas verdes urbanas
Essas medidas refletem o compromisso do município em receber visitantes de mais de 190 países, tornando-se vitrine das potencialidades e dos desafios enfrentados na região.
Quais impactos a COP30 pode trazer para Belém e para a Amazônia?
Com a realização da COP30, a expectativa é que Belém alcance novo patamar internacional, atraindo investimentos em infraestrutura sustentável e projetos sociais voltados para a proteção da floresta. A troca de experiências entre diferentes nações pode influenciar positivamente as políticas regionais e estimular práticas inovadoras de economia verde, beneficiando tanto a população local quanto o meio ambiente global.
Ademais, a visibilidade internacional tende a promover discussões mais inclusivas e a ampliar a participação das comunidades amazônicas nos fóruns decisórios. Dessa forma, a escolha de Belém como sede da COP30 reafirma a importância estratégica de unir desenvolvimento e conservação, tematizando a Amazônia como centro das decisões relacionadas ao futuro climático do planeta.