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Mundo

Em novo ataque, Biden chama Putin de "ditador assassino"

Hoje, um civil americano foi morto em ofensiva russa na Ucrânia

17 mar 2022 - 16h43
(atualizado às 16h57)
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Um dia após chamar Vladimir Putin de "criminoso de guerra", o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, subiu o tom nesta quinta-feira (17) e classificou seu homólogo russo como um "ditador assassino" e um "puro bandido".   

No almoço anual dos Amigos da Irlanda no Capitólio, o democrata disse que o líder russo é um "bandido completo que está travando uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia". A palavra usada por Biden ("thug") também pode ser traduzida como "matador".    

Ontem, Biden disse a um jornalista na Casa Branca que acredita que Putin é um criminoso de guerra. Essa foi a primeira vez que o presidente americano usou o termo para classificar o russo.    

Na sequência, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou que a declaração do presidente dos EUA é "uma retórica inaceitável e imperdoável".    

Presidente americano, Joe Biden
Presidente americano, Joe Biden
Foto: Reuters

Em meio às críticas, a polícia ucraniana informou que um cidadão americano foi morto em Chernihiv em um ataque de artilharia pesada lançado pelas forças russas. A ofensiva deixou mortos e feridos. Três crianças com seus pais estão entre as vítimas.    

"A polícia está documentando as consequências do bombardeio inimigo de civis no centro da cidade", disseram as autoridades locais.    

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, confirmou a morte do americano, cuja identidade não foi revelada, mas não forneceu detalhes. "A Rússia continua a atacar hospitais e escolas na Ucrânia. Ontem, as forças russas bombardearam um teatro e abriram fogo contra um grupo de civis que estava na fila do pão. Pessoalmente, concordo com Joe Biden", disse ele, lembrando que o democrata afirmou que Putin está cometendo crimes de guerra.    

Segundo o secretário americano, "alvejar voluntariamente civis é um crime de guerra". "As imagens devastadoras vindas da Ucrânia estão à vista de todos. A opinião do presidente é que crimes de guerra são cometidos e eu concordo. Estamos reunindo provas e as compartilharemos com aliados e parceiros para todas as investigações que estão em andamento", acrescentou Blinken.    

O americano ressaltou ainda que vai "garantir que as evidências ajudem nos esforços internacionais para investigar crimes de guerra e responsabilizar os responsáveis por suas ações".    

Por fim, Blinken declarou que a Rússia não está fazendo "esforços significativos" nas negociações com Kiev. Em comunicado, os chanceleres dos países do G7 condenaram "os ataques indiscriminados contra civis realizados pelas forças russas desde o início da invasão na Ucrânia e ressaltaram que "os autores de crimes de guerra durante o conflito terão que ser responsabilizados".    

"Devido à guerra injustificada e vergonhosa pretendida pelo presidente Vladimir Putin, milhões de pessoas são obrigadas a fugir das suas casas, enquanto está em curso a destruição de infraestruturas, hospitais, teatros e escolas", finaliza a nota.

Ansa - Brasil   
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