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Ucrânia diz que acordo pode ser possível em cerca de 10 dias

Pacto colocaria fim ao conflito, mas não à guerra, diz Kiev

17 mar 2022 - 14h46
(atualizado às 14h50)
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Bombeiro trabalha em local bombardeado em Kharkiv
Bombeiro trabalha em local bombardeado em Kharkiv
Foto: Reuters

O chefe negociador da Ucrânia nas conversas com a Rússia, Mykhailo Podolyak, afirmou nesta quinta-feira, 17, que um acordo para por fim aos ataques no país pode ser possível em cerca de 10 dias.

"Poderiam ser necessários poucos dias, mais ou menos uma semana e meia, para encontrar um acordo sobre os pontos mais controversos. A assinatura de um acordo colocará fim à fase aguda do conflito, nos permitirá honrar todos aqueles que foram assassinados e iniciar a reconstrução do país. Mas, duvido que para os ucranianos a guerra vai acabar ali, não depois de tudo que passamos", disse em entrevista à mídia polonesa.

Segundo o conselheiro do presidente Volodymyr Zelenski, após o fim dos combates, não haverá mais nenhuma relação diplomática positiva entre as duas nações. "Não se pode voltar ao passado e falar de 'países irmãos'. Os pontos disso foram todos explodidos. Criaremos uma fronteira forte e trataremos a Rússia com a frieza que merece um país que invadiu a nossa casa para nos matar", acrescentou.

Voltando às negociações, Podolyak explicou que além das duas delegações principais que se reúnem na mesa de debates, "há numerosas subcomissões que se concentram sobre a resolução de temas específicos".

"Há questões humanitárias, como os corredores de evacuação, econômicas e legais. Essas últimas são particularmente importantes porque precisam de um acordo assinado que não contrarie os acordos internacionais e as constituições de ambos os países", explicou o representante.

Sobre a mudança dos encontros entre as delegações da maneira presencial para virtual, Podolyak explicou que a alteração foi necessária por conta "da perda de muito tempo" para fazer as viagens por conta dos combates.

Mortes russas

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, afirmou que a Rússia já perdeu mais de 14 mil soldados em três semanas de combates.

Moscou não confirma os números, mas se for verdade, isso já é maior do que toda a invasão da antiga União Soviética no Afeganistão na década de 1980, que durou cerca de 10 anos.

"Rússia já perdeu mais soldados do que na guerra da Chechênia e do Afeganistão, com 14 mil mortes, mais de 450 tanques e blindados destruídos, 750 aviões foram derrubados e nós matamos vários de seus generais", disse Reznikov.

Ansa - Brasil   
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