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'Dormirei na prisão de cabeça erguida', diz Sarkozy, que deve recorrer de condenação

O ex-presidente da França foi considerado culpado por por associação ilícita durante sua campanha eleitoral de 2007

25 set 2025 - 11h25
(atualizado às 12h10)
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Resumo
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado a cinco anos de prisão por financiamento ilegal de campanha em 2007, mas promete recorrer, reafirmando sua inocência.
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, acompanhado de sua esposa, Carla Bruni, discursa à imprensa após ser considerado culpado em 25 de setembro de 2025, em Paris, França. O ex-presidente francês Sarkozy é acusado de fazer um acordo com o ditador líbio Muammar Gaddafi para financiar sua campanha presidencial de 2007. O julgamento, que ocorreu de 6 de janeiro a 8 de abril de 2025, colocou o ex-presidente e 11 réus sob sérias acusações de corrupção, ocultação de desvio de verbas públicas líbias, financiamento ilegal de campanha e associação criminosa.
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, acompanhado de sua esposa, Carla Bruni, discursa à imprensa após ser considerado culpado em 25 de setembro de 2025, em Paris, França. O ex-presidente francês Sarkozy é acusado de fazer um acordo com o ditador líbio Muammar Gaddafi para financiar sua campanha presidencial de 2007. O julgamento, que ocorreu de 6 de janeiro a 8 de abril de 2025, colocou o ex-presidente e 11 réus sob sérias acusações de corrupção, ocultação de desvio de verbas públicas líbias, financiamento ilegal de campanha e associação criminosa.
Foto: Remon Haazen/Getty Images

O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy, de 70 anos, foi condenado nesta quinta-feira, 25, a cinco anos de prisão pelo Tribunal Criminal de Paris por conspiração criminosa em um caso de financiamento ilegal de sua campanha eleitoral de 2007, supostamente patrocinada pelo regime líbio de Muammar Khadafi.

Apesar da sentença, Sarkozy reafirmou sua inocência e anunciou que irá recorrer. "Eu assumirei minhas responsabilidades. Comparecerei às convocações dos tribunais e, se absolutamente quiserem que eu durma na prisão, eu dormirei na prisão. Mas de cabeça erguida. Eu sou inocente. Esta injustiça é um escândalo, e não pedirei desculpas por algo que não fiz", declarou na saída do tribunal à imprensa, acompanhado da esposa, Carla Bruni e de três de seus filhos.

O tribunal considerou Sarkozy culpado por ter permitido que assessores próximos buscassem apoio financeiro da Líbia entre 2005 e 2007, quando ainda era ministro do Interior. A presidente da corte, Nathalie Gavarino, afirmou que os atos representaram “fatos extremamente graves” e determinou a execução imediata da pena.

Nicolas Sarkozy chega a tribunal com a mulher Carla Bruni-Sarkozy 25/9/2025
Nicolas Sarkozy chega a tribunal com a mulher Carla Bruni-Sarkozy 25/9/2025
Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq

Por outro lado, o ex-presidente foi absolvido de acusações de corrupção passiva e de recebimento direto de recursos do regime líbio. A juíza destacou que não havia provas de que o dinheiro tivesse chegado oficialmente à campanha, embora tenha apontado que o fluxo financeiro permanecia “opaco”.

Pedido de prisão

A Promotoria havia pedido sete anos de prisão ao considerá-lo o “verdadeiro responsável” por um pacto com Khadafi. Além de Sarkozy, outras 11 pessoas foram julgadas — entre elas, seu ex-braço direito Claude Guéant, condenado por corrupção, e o ex-ministro Brice Hortefeux, culpado por associação ilícita. Já o tesoureiro de campanha, Éric Woerth, foi absolvido.

O caso se apoia em declarações de ex-dirigentes líbios, viagens de colaboradores à Líbia, transferências suspeitas de dinheiro e anotações do ex-ministro líbio Shukri Ghanem, encontrado morto em 2012 em Viena.

A condenação foi anunciada dois dias após a morte, em Beirute, do empresário franco-libanês Ziad Takieddine, apontado como testemunha-chave. Ele havia dito ter entregado até 5 milhões de euros a Sarkozy e sua equipe, mas depois recuou das acusações, chegando a contradizer a própria retratação.

Outros processos

Sarkozy, que governou a França entre 2007 e 2012, acumula outros processos. Já foi condenado por corrupção e tráfico de influência, tornando-se o primeiro ex-chefe de Estado francês a usar tornozeleira eletrônica. Também enfrenta uma condenação por financiamento ilegal de sua campanha de 2012, que ainda será analisada pela Corte de Cassação no mês que vem.

Apesar dos reveses na Justiça e da perda da Legião de Honra, a mais alta condecoração francesa, Sarkozy segue influente nos bastidores da política. Recentemente, conversou com o presidente Emmanuel Macron e até reconheceu o partido de extrema-direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, como parte do “arco republicano”.

*Com informações da Reuters.

Fonte: Portal Terra
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