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Distúrbios no Mundo Árabe

Confronto entre forças líbias e milícias mata 19 em Benghazi

17 mai 2014 - 00h23
(atualizado às 00h29)
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Militante patrulha a entrada da sede da milícia Fevereiro 17 depois que forças irregulares líbias entraram em confronto
Foto: Esam Omran Al-Fetori / Reuters

Forças irregulares líbias apoiadas por helicópteros entraram em confronto com milícias islâmicas nesta sexta-feira em combates que deixaram pelo menos 19 mortos e representaram um novo teste para o frágil governo do país.

Membros do autodeclarado Exército Nacional Líbio, liderados pelo general aposentado Khalifa Haftar, bombardearam bases pertencentes ao Ansar al-Sharia e a outro grupo militante islâmico na cidade de Benghazi, disse Mohamed Al-Hejazi, porta-voz das forças de Haftar.

A violência levou o primeiro-ministro da Líbia a ordenar aos militares que controlassem quaisquer grupos armados - incluindo as forças de Haftar - na cidade do leste do país, onde militantes se chocam frequentemente com o Exército e assassinatos e bombardeios são comuns.

Autoridades líbias fecharam o aeroporto de Benghazi por causa do conflito. "Fechamos o aeroporto por segurança dos passageiros, já que há confrontos na cidade. O aeroporto será reaberto dependendo da situação de segurança", disse à Reuters o diretor do aeroporto, Ibrahim Farkash.

A Líbia está em um turbilhão político desde a guerra civil de 2011 que depôs Muammar Gaddafi, e o governo não tem conseguido impor a sua autoridade sobre as brigadas de ex-rebeldes, que se recusam a se desarmar e criaram verdadeiros feudos regionais.

Benghazi, berço da revolta apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra Gaddafi, tem enfrentado dificuldades, em particular, para conter a violência e ataques atribuídos à Ansar al-Sharia, que muitas vezes opera abertamente, apesar de ser considerada uma organização terrorista por Washington.

O primeiro-ministro, Abdullah al-Thinni, disse a repórteres: "Demos ordens... para interceptar qualquer força que tentar entrar em Benghazi, porque elas não têm legitimidade do Estado."

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