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Mundo

Diretora do FMI dá 'respaldo' a socorro para Argentina

Governo Macri pediu ajuda do fundo contra crise cambial

18 mai 2018 - 17h50
(atualizado às 17h59)
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O conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizou nesta sexta-feira (18) uma reunião informal para discutir o pedido de socorro feito pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri.

Protesto de estudantes contra as políticas econômicas de Mauricio Macri
Protesto de estudantes contra as políticas econômicas de Mauricio Macri
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Esse foi o primeiro passo para concluir o acordo que fará o país voltar a ser devedor do fundo depois de 13 anos. Buenos Aires recorreu ao FMI devido à grave crise cambial que atinge o país, com inflação galopante e alta desenfreada do dólar, que já é cotado acima de 24 pesos.

"A Argentina está enfrentando uma volatilidade financeira significativa, em parte devido à constrição das condições financeiras internacionais, e também pela seca que prejudicou a produção agrícola nacional. Neste contexto, as autoridades argentinas solicitaram nosso respaldo para contribuir para frear essa volatilidade nos mercados e proteger o crescimento, a criação de emprego e a coesão social do país", diz uma nota assinada pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.

Para conseguir o empréstimo, o governo Macri, liberal que preside a Argentina desde dezembro de 2015, prometeu um programa econômico que prevê "um crescimento forte, sustentável e inclusivo" e a redução da dívida pública, além da "proteção dos estratos sociais mais vulneráveis". "Esses objetivos contam com nosso pleno respaldo", acrescentou Lagarde.

A Argentina pediu ao FMI um acordo "stand by de acesso excepcional". Esse instrumento permite que o país obtenha um valor anual até 150% maior do que sua cota na instituição, que hoje é de US$ 4,5 bilhões. No entanto, o desembolso durante todo o programa, que duraria vários anos, não pode passar de 435%.

"Essa é uma colaboração entre a Argentina e o FMI, e nosso objetivo comum é levar o diálogo a uma rápida conclusão", disse Lagarde. O país pagou sua dívida com o fundo em 2005, durante o mandato de Néstor Kirchner.

Ansa - Brasil   
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