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COP28 se aproxima do fim com países divididos sobre combustíveis fósseis

12 dez 2023 - 08h53
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A cúpula climática COP28 estava se aproximando do fim nesta terça-feira, com os negociadores no aguardo de um novo esboço do possível acordo final depois que muitos países criticaram uma versão anterior como muito fraca porque omitia a "eliminação gradual" dos combustíveis fósseis.

O diretor geral da COP28, Majid Al Suwaidi, disse que o rascunho, divulgado na segunda-feira após quase duas semanas de negociações, tinha o objetivo de "estimular as conversas", à medida eles pretendem chegar a um acordo até o final da cúpula.

"Ao divulgarmos nossa primeira versão do texto, conseguimos que as partes nos procurassem rapidamente com essas linhas vermelhas", disse ele aos repórteres.

Os negociadores dos quase 200 países presentes na cúpula de Dubai estão tentando chegar a um acordo sobre um plano de ação global para limitar as mudanças climáticas com rapidez suficiente a fim de evitar inundações mais desastrosas, calor fatal e alterações irreversíveis nos ecossistemas do mundo.

Al Suwaidi disse que a presidência da COP28, atualmente ocupada pelos Emirados Árabes Unidos, estava buscando um resultado "histórico" que incluísse a menção aos combustíveis fósseis - mas que dependia do acordo dos países.

Os acordos nas cúpulas climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) devem ser aprovados por consenso. Depois, cabe a cada país cumprir o acordo, por meio de políticas e investimentos nacionais.

"Nesta COP, estamos tentando fazer algo que nunca foi feito antes, algo histórico... Parte disso é incluir os combustíveis fósseis no texto. Se conseguirmos, isso será histórico", disse ele.

O texto divulgado na segunda-feira desencadeou uma série de discussões que se estenderam até o início desta terça-feira. O esboço sugeria oito opções que os países "poderiam" adotar para reduzir as emissões.

Uma delas era "reduzir tanto o consumo quanto a produção de combustíveis fósseis, de maneira justa, ordenada e equitativa, de modo zerar as emissões líquidas até, antes ou por volta de 2050".

Essa seria a primeira vez na história que uma cúpula climática da ONU mencionaria a redução do uso de todos os "combustíveis fósseis".

Mas a medida ficou aquém da "eliminação gradual" de carvão, petróleo e gás exigida por muitos países, ou da ênfase na redução de seu uso nesta década, o que, segundo os cientistas, deve acontecer para evitar o agravamento das mudanças climáticas.

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