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Cientistas nucleares da Coreia do Norte ganham destaque após suposto teste com bomba de hidrogênio

4 set 2017 - 15h27
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Condecorados por Pyongyang, mas em uma lista negra no exterior, dois cientistas retratados ao lado do líder da Coreia do Norte antes do teste nuclear de domingo desempenham papéis vitais na busca do país recluso por uma arma poderosa capaz de atingir os Estados Unidos, dizem especialistas.

Líder norte-coreano Kim Jong Un com especialistas nucleares 
  3/9/2017     KCNA via REUTERS
Líder norte-coreano Kim Jong Un com especialistas nucleares 3/9/2017 KCNA via REUTERS
Foto: Reuters

O sexto teste nuclear norte-coreano mostrou que a nação ou desenvolveu uma bomba de hidrogênio - que tem muito mais poder destrutivo do que bombas atômicas - ou está chegando muito perto de obter uma.

Fotos divulgadas pela agência de notícias oficial KCNA poucas horas antes do teste mostraram dois homens junto ao líder Kim Jong Un enquanto ele inspecionava uma nova ogiva nuclear em forma de amendoim: Ri Hong Sop, diretor do Instituto de Armas Nucleares da Coreia do Norte, e Hong Sung Mu, vice-diretor do departamento da indústria de munições do Partido dos Trabalhadores da Coreia.

Vários especialistas na liderança norte-coreana dizem que os dois são parte de um quadro de especialistas em armas na linha de frente da ambição declarada de Kim: desenvolver um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) que consiga levar uma arma nuclear aos EUA.

Comparado com seu pai, Kim Jong II, e com seu avô, Kim II Sung, que preferiam grupos de trabalho pequenos e administradores intermediários para lidar com programas de armas, o líder de 33 anos vem se envolvendo mais pessoalmente com estes cientistas, afirmam os especialistas, citando suas aparições frequentes com os tecnocratas em eventos estatais, testes de armas e inspeções de campo.

"Parece que Hong está encabeçando o programa de desenvolvimento nuclear como autoridade de alto escalão do partido e que Ri está a cargo de testes nucleares, como bombas de hidrogênio, em nível prático", disse Yang Moo-jin, professor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos de Seul, que monitora a hierarquia e a liderança do país.

A Reuters não conseguiu confirmar o papel exato dos dois homens de forma independente.

O governo norte-coreano não disponibiliza um contato para a mídia estrangeira em Pyongyang para fornecer comentários por email, fax ou telefone. A missão norte-coreana na Organização das Nações Unidas (ONU) não estava disponível de imediato para comentar.

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