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Cidade italiana proíbe forno a lenha para conter poluição

25 dez 2015 - 14h02
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Os fornos a lenha onde são feitas as pizzas são um dos fatores que tornaram San Vitaliano uma das cidades mais poluídas da Itália
Os fornos a lenha onde são feitas as pizzas são um dos fatores que tornaram San Vitaliano uma das cidades mais poluídas da Itália
Foto: Getty / BBC News Brasil

Uma cidade italiana proibiu temporariamente o uso do forno a lenha, atingindo em cheio o jeito tradicional de preparo de um dos pratos típicos da gastronomia do país: a pizza.

O objetivo, segundo as autoridades de San Vitaliano, nos arredores de Nápoles, no sul da Itália, é conter a poluição crescente.

Um decreto assinado pelo prefeito da cidade proíbe o uso de fornos a lenha em padarias e restaurantes, incluindo pizzarias, a não ser que os proprietários dos estabelecimentos usem filtros especiais para reduzir a emissão de gases.

A medida foi tomada pela "preocupação extrema" com a piora da qualidade do ar e ficará em vigor até 31 de março do ano que vem. A medida pode ser reintroduzida no futuro se os sistemas de filtragem do ar se provarem ineficientes para reduzir a poluição, acrescentaram as autoridades.

Quem for pego infringindo o veto pode ser multado em até 1.032 euros (R$ 4.471).

A baixa qualidade do ar é um problema de longa data em San Vitaliano. Segundo o jornal local Il Mattino, a cidade é mais poluída do que Pequim.

Somente neste ano, o nível de poluição em San Vitaliano superou o limite tolerado 114 vezes, contra 86 vezes em Milão, outra cidade italiana conhecida por ser extremamente poluída.

Mas nem todo mundo diz estar convencido que os fornos a lenha sejam os verdadeiros culpados pelos altos índices de poluição. Moradores e pizzaiolos realizaram um protesto no último domingo em frente à Prefeitura da cidade para pressionar pelo fim da proibição.

"Não podemos ser acusados pela poluição", disse um dos manifestantes ao jornal italiano Corriere della Sera.

"Nápoles tem mais pizzarias do que San Vitaliano, mas não tem o mesmo nível de poluição. Está claro que eles não querem mostrar a verdadeira causa disso. Essa determinação é um erro e vai nos custar muito dinheiro", acrescentou.

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