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Câmara aprova envio de acusações contra Trump ao Senado

15 jan 2020 - 16h35
(atualizado às 16h46)
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (15) o envio das acusações de impeachment contra Donald Trump ao Senado, abrindo caminho para o julgamento do presidente por abuso de poder e obstrução do Congresso.

Com o apoio da maioria democrata e a oposição da minoria republicana, a Câmara chancelou uma resolução que nomeia os sete congressistas para o time de acusação no processo contra Trump.

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca
13/01/2020 REUTERS/Leah Millis
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 13/01/2020 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Entre eles estão os mandatários das comissões de Inteligência e de Justiça, Adam Schiff e Jerry Nadler, que conduziram as investigações contra o presidente na Câmara. O chefe da acusação será Schiff, que liderou a parte principal do inquérito, quando foram ouvidas todas as testemunhas.

Os outros cinco membros do grupo são os congressistas Hakeem Jeffries, Jason Crow, Val Demings, Zoe Lofgren e Sylvia Garcia. Todos os sete pertencem ao Partido Democrata.

A expectativa é de que o processo comece na próxima terça-feira (21) e termine antes do início das primárias democratas, que partem em 3 de fevereiro, mas não há um prazo máximo definido. "Independentemente do resultado, o povo americano quer um julgamento justo", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

Acusações - Trump é acusado de ter pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a anunciar uma investigação contra Joe Biden, pré-candidato à Casa Branca e cujo filho, Hunter, foi conselheiro de uma empresa ucraniana de gás, a Burisma.

Para alcançar seu objetivo, o magnata teria congelado uma ajuda militar de quase US$ 400 milhões a Kiev. Em um telefonema em 25 de julho, Trump pediu para Zelensky investigar os Biden, mas não mencionou a ajuda militar, que estava bloqueada na época.

Trump também é acusado de obstrução do Congresso por ter instruído membros do governo a não colaborarem com o inquérito na Câmara. A Constituição dos EUA estabelece que um presidente pode ser removido do cargo por "traição, propina ou outros crimes e contravenções graves".

Essa última tipologia é definida de forma vaga, mas o Congresso costuma levar em conta três tipos de conduta: uso do cargo para obter ganhos financeiros, abuso de poder ou agir de maneira incompatível com a função.

Até hoje, apenas dois presidentes foram submetidos a processos de impeachment: Andrew Johnson (1868) e Bill Clinton (1998), ambos absolvidos - Richard Nixon renunciou em 1974, evitando um afastamento iminente por causa do escândalo "Watergate".

No cenário atual, é improvável que Trump sofra impeachment. O Partido Republicano conta com 53 dos 100 senadores, número mais do que suficiente para evitar a deposição do presidente, que precisa ser aprovada por maioria qualificada de dois terços.

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