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Brown University se recusa a aderir a memorando do governo Trump

15 out 2025 - 21h06
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A presidente da Brown University, Christina Paxson, disse nesta quarta-feira que se recusou a assinar memorando do governo Trump, tornando a Brown a segunda instituição de ensino a refutar a oferta enviada a nove universidades de elite, estabelecendo políticas detalhadas a serem seguidas para acesso preferencial ao financiamento federal.

Em uma carta endereçada à secretária de Educação Linda McMahon, Paxson disse que aceitar os termos do memorando "restringiria a liberdade acadêmica e minaria a autonomia da governança da Brown" e que isso iria diretamente contra um acordo assinado em julho entre a Brown e o governo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem procurado erradicar o que ele rotula como pensamento extremista de esquerda das universidades dos EUA, que ele acusa de fomentar movimentos antiamericanos e antissemitas.

No memorando intitulado "Compacto para a Excelência Acadêmica no Ensino Superior", o governo solicitou às nove faculdades de elite que limitem a 15% as matrículas internacionais em cursos de graduação, proíbam o uso de raça ou sexo nas contratações e admissões e definam gêneros com base na biologia. Na semana passada, o MIT se tornou a primeira das nove universidades de elite a recusar a assinatura do pacto.

As instituições que seguirem "modelos e valores" além daqueles descritos no memorando poderão "renunciar aos benefícios federais", diz o memorando, enquanto aquelas que cumprirem as regras poderão ser recompensadas.

O governo cancelou contratos federais de milhões de dólares com várias universidades como forma de pressioná-las a mudar drasticamente suas políticas de admissão e contratação, entre outras questões. Tribunais ordenaram que muitos dos cortes federais fossem restaurados.

Localizada em Providence, Rhode Island, a Brown assinou um acordo com o governo em julho, concordando em pagar US$50 milhões ao longo de uma década para apoiar o desenvolvimento da força de trabalho em seu Estado natal. Em troca, a administração restaurou o financiamento federal da universidade para ciências médicas e da saúde.

Na carta desta quarta-feira, Paxson escreveu que o acordo assinado pela Brown em julho "afirma expressamente a falta de autoridade do governo para ditar nosso currículo ou o conteúdo do discurso acadêmico -- princípio que não está refletido no Compact".

Liz Huston, porta-voz da Casa Branca, disse em uma declaração por escrito que "o presidente Trump está empenhado em restaurar a excelência acadêmica e o bom senso em nossas instituições de ensino superior".

"Qualquer universidade que se juntar a esse esforço histórico ajudará a moldar positivamente o futuro dos Estados Unidos", acrescentou.

No fim de semana, Trump escreveu nas mídias sociais que seu governo deve continuar a reprimir universidades que "continuam a discriminar ilegalmente com base em raça ou sexo" e que estava convidando todas as instituições "a firmar um acordo prospectivo com o governo federal para ajudar a trazer a Era de Ouro da Excelência Acadêmica no Ensino Superior".

A Casa Branca disse que não entrou em contato com nenhuma outra instituição sobre esse acordo além das nove universidades de elite.

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