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Brexit: Boris Johnson desaprova solução irlandesa

Ex-prefeito de Londres acredita que Theresa May teria maior apoio se descartasse solução emergencial para a fronteira irlandesa

28 jan 2019 - 11h05
(atualizado às 11h17)
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O ex-prefeito de Londres Boris Johnson, defensor mais destacado da saída do Reino Unido da União Europeia no partido da primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta segunda-feira que a premiê obteria um apoio amplo se convencesse a UE a descartar a solução emergencial para a fronteira irlandesa.

Ex-prefeito de Londres Boris Johnson 23/01/2019 REUTERS/Toby Melville
Ex-prefeito de Londres Boris Johnson 23/01/2019 REUTERS/Toby Melville
Foto: Reuters

Faltando menos de nove semanas para o Reino Unido ser forçado por lei a deixar a UE em 29 de março, ainda não existe entendimento sobre como, e mesmo se, o país romperá com o maior bloco comercial do mundo.

A grande maioria do Parlamento rejeitou o acordo de May no início do mês, e muitos rebeldes pró-Brexit de seu próprio Partido Conservador estão revoltados com a solução irlandesa, uma espécie de apólice de seguro concebida para evitar uma fronteira dura na Irlanda se outras opções não forem encontradas.

"A primeira-ministra quer se livrar da solução emergencial", escreveu Boris Johnson no jornal Daily Telegraph, dizendo que May poderia inserir uma "cláusula de liberdade" que permita ao Reino Unido excluir a medida sem o aval da UE.      

"Se a primeira-ministra obtiver essa mudança --uma perfuração do tamanho do Reino Unido no tecido da própria solução emergencial — não tenho dúvida de que terá todo o país apoiando-a entusiasticamente", disse Johnson.

Segundo ele, fontes do mais alto escalão do governo lhe disseram que May pleiteará mudanças legais obrigatórias no acordo que acertou em novembro com o bloco. A Irlanda disse que não quer nenhuma mudança na solução emergencial.

No dia 29 de janeiro o Parlamento debaterá os próximos passos propostos pela premiê, além de planos alternativos apresentados por parlamentares, inclusive alguns que visam adiar a saída britânica pedindo uma prorrogação do período de negociação do Artigo 50.

O proeminente parlamentar pró-Brexit Jacob Rees-Mogg disse que o acordo de May pode se tornar mais aceitável a rebeldes conservadores eurocéticos se a solução emergencial for removida ou anulada.

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