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Biden se volta à UE para renovar laços e acerta trégua em disputa sobre aeronaves

15 jun 2021 - 09h20
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encerrou uma frente da guerra comercial da era Trump ao se encontrar com líderes da União Europeia nesta terça-feira acertando uma trégua em uma disputa transatlântica sobre subsídios a aeronaves que se arrasta há 17 anos.

Presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas
15/06/2021 REUTERS/Yves Herman
Presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas 15/06/2021 REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

Na cúpula com líderes de instituições da UE em Bruxelas, Biden buscará reconstruir pontes depois de quatro anos durante os quais seu antecessor, Donald Trump, impôs tarifas à UE e defendeu a saída do Reino Unido do bloco.

Ao chegar ao encontro em Bruxelas, o presidente norte-americano disse que buscava "uma grande relação com a UE e a Otan", porque isso é do interesse dos Estados Unidos. Ele disse a jornalistas que tem opiniões bem diferentes das de Trump.

"Acho que temos grandes oportunidades de trabalhar proximamente com a UE e a Otan e nos sentimos bastante bem em relação a isso", disse Biden. "É esmagadoramente do interesse dos EUA ter uma grande relação com a UE e a Otan. Tenho visões diferentes das de meu antecessor."

Biden e os europeus concordaram em descartar tarifas sobre 11,5 bilhões de dólares de bens, que vão de vinhos da UE a tabaco e bebidas destiladas dos EUA, durante cinco anos. As tarifas foram impostas como retaliação mútua devido à frustração dos dois lados com subsídios estatais para a fabricante de aviões norte-americana Boeing e a rival europeia Airbus.

"Essa reunião começou com um avanço no tema das aeronaves", disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. "Isso realmente inaugura um novo capítulo na nossa relação, porque mudamos de disputas para cooperação no tema das aeronaves --após 17 anos de disputas... Hoje nós entregamos."

Biden se reuniu com Von der Leyen e com o chairman da UE, Charles Michel, que representa os governos do bloco.

Biden disse a líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que "a América voltou" em uma coletiva de imprensa em Bruxelas na noite de segunda-feira. Ele quer apoio europeu para defender democracias liberais ocidentais diante de uma Rússia mais assertiva e da ascensão militar e econômica da China.

"Estamos enfrentando uma crise global de saúde que ocorre uma vez por século", disse Biden, acrescentando que "Rússia e China estão ambas tentando dividir nossa solidariedade transatlântica."

De acordo com o esboço de um comunicado final da cúpula UE-EUA visto pela Reuters, Washington e Bruxelas se comprometerão a encerrar mais uma desavença a respeito de tarifas punitivas ligadas ao aço e ao alumínio.

Congelar os conflitos tarifários daria aos dois lados mais tempo para se concentrarem em pautas mais abrangentes, como as preocupações com o modelo econômico de matriz estatal da China, disseram diplomatas.

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