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Ásia

Presidente do Turcomenistão é reeleito com 97,67% dos votos

13 fev 2017 - 08h08
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O presidente do Turcomenistão, Kurbanguly Berdimujamedov, foi reeleito no domingo com 97,67% dos votos, informou nesta segunda-feira a Comissão Eleitoral Central (CEC) dessa antiga república soviética em Ásia Central.

Os apenas 2,33% restante de votos, foram repartidos entre os outros oito candidatos que figuravam nas cédulas.

A participação, segundo os dados divulgados pela CEC, foi de 97,27% do censo eleitoral, cifrado em pouco mais de 3,2 milhões de cidadãos.

O líder turcomano, de 59 anos, conseguiu melhorar o resultado que obteve em 2012, quando foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos com 97,14% dos votos.

Berdimujamedov chegou ao poder há dez anos, após o falecimento em dezembro de 2006 do primeiro presidente do Turcomenistão independente, Saparmurat Niyazov, que governou com mão de ferro durante dois décadas e transformou o país em uma autarquia.

A ascensão de Berdimujamedov esteve marcada por polêmica: foi nomeado presidente interino pelo Conselho de Segurança do Turcomenistão, que iniciou um processo penal contra o então presidente do parlamento, Ovezgeldi Ataev, a quem correspondia assumir provisoriamente a chefia do Estado.

Pouco após tomar o poder, proclamou o começo da época "Novo Renascimento" e iniciou o desmantelamento do culto à personalidade de Niyazov, que dirigiu o país entre 1985 e 2006 (desde 1999 em qualidade de presidente vitalício).

Além disso, Berdimujamedov derrogou uma série de proibições implantadas por seu antecessor, graças à qual os turcomanos puderam voltar a desfrutar do balé, da ópera e do circo.

Também anulou as mudanças de nome dos dias e meses ordenadas por Niyazov e recuperou as aulas educação física e inglês nas escolas.

Estas medidas foram interpretadas então como o começo de um giro rumo à integração do país na comunidade internacional.

"O Turcomenistão nunca teve eleições livres e limpas, e estas não são uma exceção", denunciou às vésperas do pleito o diretor da Human Rights Watch para a Europa e Ásia Central, Hugh Williamson.

Segundo Williamson, não é possível realizar verdadeiras eleições em um país no qual as autoridades "controlam estritamente todos os aspectos da vida pública, violando direitos fundamentais, como a liberdade de imprensa e da sociedade civil".

O pleito deste domingo foi o primeiro depois da reforma constitucional aprovada em setembro do passado, que ampliou de cinco para sete anos o período do mandato presidencial e eliminou o teto de idade de 70 anos para ser candidato à chefia do Estado.

EFE   
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