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Ásia

Indonésia reboca barco com emigrantes para fora de suas águas

12 mai 2015 - 01h12
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Um barco que transportava centenas de emigrantes de Myanmar e Bangladesh foi rebocado para fora das águas territoriais da Indonésia por determinação das autoridades em Jacarta, um dia após a embarcação chegar à costa de Aceh, informou a Marinha nesta terça-feira.

"Foi rebocado para fora do território indonésio. Não os estamos forçando a ir à Malásia ou à Austrália, não é nosso problema. Nosso problema é que não entrem na Indonésia porque a Indonésia não é seu destino", disse à AFP o oficial da Marinha Manahan Simorangkir.

As autoridades informaram que o barco, que havia chegado à costa de Aceh nesta segunda-feira com cerca de 400 emigrantes a bordo, foi abastecido de combustível e levado para fora das águas territoriais da Indonésia, sem confirmar seu destino provável.

No final de semana, outro barco, com cerca de 600 emigrantes de Bangladesh e Myanmar, se aproximou do norte da província de Aceh.

Nesta terça-feira, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu aos países do sudeste asiático que resgatem milhares de emigrantes que podem estar à deriva no mar.

"É necessário um esforço regional (...), não temos a capacidade para socorrê-los, mas os governos, sim, têm barcos e satélites", disse à AFP o porta-voz da OIM Joe Lowry, acrescentando que muitos emigrantes estão em péssimas condições, e que alguns podem já estar mortos.

Segundo a organização, atualmente podem haver cerca de 8 mil pessoas à deriva, muitos procedentes de Bangladesh e de Myanmar, com cada vez menos comida e água.

Numerosos emigrantes são muçulmanos rohingyas, um grupo considerado pela ONU como uma das minorias mais perseguidas do planeta.

Myanmar, um país de maioria budista, considera os cerca de 1,3 milhão de rohingyas em seu território como imigrantes ilegais de Bangladesh.

Segundo Vivian Tan, representante do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados em Bangcoc, os "traficantes mantém pessoas cativas no mar porque temem se aproximar da costa". "Parece que os contrabandistas abandonaram gente no mar, podem estar lá há semanas, até meses".

"Estão lá há muito tempo", com pouca água e comida, e "podem estar gravemente doentes".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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