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Arábia Saudita promete provas concretas de envolvimento do Irã em ataque

18 set 2019 - 07h55
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A Arábia Saudita disse que vai apresentar provas nesta quarta-feira ligando o rival regional Irã a um ataque sem precedentes à indústria petrolífera saudita, que os Estados Unidos disseram acreditar ter partido do território iraniano, em uma perigosa escalada de atritos no Oriente Médio.

Fumaça em instalação da Aramco após ataque em Abqaiq, na Arábia Saudita
14/09/2019
REUTERS/Stringer
Fumaça em instalação da Aramco após ataque em Abqaiq, na Arábia Saudita 14/09/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

O Irã, no entanto, voltou a negar envolvimento nos ataques de 14 de setembro às instalações de petróleo, incluindo a maior refinaria do mundo, que inicialmente interromperam metade da produção saudita.

"Eles querem impor... pressão máxima sobre o Irã por meio de calúnias", disse o presidente do Irã, Hassan Rouhani, de acordo com a mídia estatal. "Não queremos conflitos na região... Quem iniciou o conflito?", disse ele, culpando o governo dos EUA e seus aliados no Golfo Pérsico pela guerra no Iêmen.

O movimento houthi do Iêmen, um aliado do Irã que luta contra uma coalizão liderada pela Arábia Saudita há mais de quatro anos, assumiu a responsabilidade pelo ataque e disse que usou drones para atingir as instalações da empresa estatal saudita Aramco.

No entanto, o Ministério da Defesa da Arábia Saudita disse que realizará uma entrevista coletiva nesta quarta-feira às 11h30 (horário de Brasília) para apresentar "evidências materiais e armas iranianas que provam o envolvimento do regime iraniano no ataque terrorista".

Provas concretas mostrando a responsabilidade iraniana, se tornadas públicas, podem pressionar Arábia Saudita e EUA a darem uma resposta, embora ambas as nações tenham enfatizado a necessidade de cautela.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não quer guerra, afirmando que "não há pressa" para retaliar e que está em coordenação com países do Golfo e da Europa.

Uma autoridade dos EUA disse à Reuters na terça-feira que os ataques se originaram no sudoeste do Irã. Três funcionários do governo dos EUA disseram que a ação envolveu mísseis de cruzeiro e drones, indicando um maior grau de complexidade e sofisticação do que se pensava inicialmente.

As autoridades dos EUA, no entanto, não forneceram evidências ou explicaram quais informações estavam usando para avaliar o ataque, que cortou 5% da produção global de petróleo.

A Arábia Saudita, maior exportadora mundial de petróleo, disse na terça-feira que os 5,7 milhões de barris por dia de produção perdidos devido ao ataque serão totalmente restaurados até o final do mês.

Os preços do petróleo caíram após as garantias sauditas de retomada da produção, depois de terem chegado a subir mais de 20% na segunda-feira -- o maior salto intradia desde a Guerra do Golfo de 1990-91.

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