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Após morte de egípcios, papa pede "solução pacífica" à Líbia

"Rezemos por nossos irmãos egípcios que foram assassinados na Líbia pelo fato de serem cristãos", disse Francisco

18 fev 2015 - 09h24
(atualizado às 16h03)
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<p>"Espero que a comunidade internacional encontre soluções pacíficas para a situação da Líbia", afirmou o papa Francisco</p>
"Espero que a comunidade internacional encontre soluções pacíficas para a situação da Líbia", afirmou o papa Francisco
Foto: Max Rossi / Reuters

O papa Francisco fez nesta quarta-feira uma chamada à comunidade internacional para que propicie "soluções pacíficas" na Líbia e mostrou também sua esperança de que "a paz duradoura" chegue em breve ao Oriente Médio, ao norte da África e à Ucrânia.

"Rezemos por nossos irmãos egípcios que foram assassinados na Líbia pelo fato de serem cristãos. Rezemos também pela paz no Oriente Médio e no norte da África, lembrando dos mortos, dos feridos e dos refugiados", disse Francisco durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro de Vaticano.

"Espero que a comunidade internacional encontre soluções pacíficas para a situação da Líbia", acrescentou.

As palavras do papa foram ditas horas depois que o secretário de Estado vaticano, o cardeal Pietro Parolin, afirmou que é preciso uma intervenção na Líbia, mas "sob o respaldo da ONU".

A "Rádio Vaticana" explicou que o cardeal considerou que "o avanço do Estado Islâmico na Líbia deve ser contido e por isso Parolin disse que 'é preciso intervir em breve, mas sob o respaldo da ONU'. Ou seja, é necessário um amplo consenso internacional".

Já na segunda-feira, o papa manifestou seu "profundo e triste sentimento" após conhecer a execução de 20 coptas egípcios na Líbia e disse que sua morte pelas mãos de jihadistas ocorreu por "serem cristãos".

"Foram assassinados pelo só fato de serem cristãos", disse o pontífice durante uma audiência no Vaticano ao monsenhor John P. Chalmers, moderador da Igreja da Escócia (Reformada).

"O sangue de nossos irmãos cristãos é um testemunho que grita. Sejam católicos, ortodoxos, coptas, luteranos, não interessa: são cristãos. E o sangue é o mesmo", acrescentou Francisco nessa ocasião.

Nesta quarta-feira, o pontífice se referiu, além disso, à crise na Ucrânia e afirmou se unir às orações dos bispos desse país "para que o mais rápido possível chegue a paz duradoura" ao país.

Antes, o papa Francisco pronunciou um discurso em defesa da fraternidade, para que volte ao centro das sociedades tecnocratas e burocráticas atuais, pois "sem este valor, a liberdade e a igualdade se transformam em individualismo e conformismo".

EFE   
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