Após impasse, equipe da Opaq chega a Duma
Inspetores investigarão suposto ataque químico
A equipe de inspetores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) chegou nesta terça-feira (17) a Duma, na Síria, para investigar o suposto ataque com substâncias tóxicas ocorrido em 7 de abril. A informação é da TV estatal do país árabe.
A entrada dos técnicos na cidade estava prevista para esta quarta (18), após o Reino Unido ter acusado a Rússia e o regime de Bashar al Assad de impedirem o acesso dos inspetores. Pouco depois, Moscou culpou o bombardeio dos Estados Unidos, da França e do próprio Reino Unido contra Damasco e Homs pelo atraso e disse que a Opaq chegaria em Duma no dia 18.
O objetivo da entidade, vencedora do Nobel da Paz em 2013, é determinar se houve ou não ataque químico em Duma no último dia 7 de abril. A Opaq, no entanto, não terá o poder de atribuir eventuais responsabilidades.
A ação com armas tóxicas foi denunciada por rebeldes que atuavam na cidade e atribuída ao regime pelas potências ocidentais. Por sua vez, Assad e a Rússia, sua principal aliada, rechaçam a acusação. Moscou, além disso, chegou a dizer que o ataque fora "montado" pelo Reino Unido, que "tenta ficar na primeira fila da campanha russofóbica".
A suposta ação química em Duma ocorreu no momento em que o regime, com apoio da Rússia e do Irã, estava perto de retomar o controle total da região de Ghouta Oriental, último enclave rebelde nos arredores de Damasco. Algumas das milícias que estavam na região são financiadas pela Arábia Saudita, potência sunita que defende a queda de Assad.