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Após cobrar populistas, UE modera tom sobre Itália

Juncker disse que o bloco "não seria completo" sem Roma

16 mai 2018 - 18h53
(atualizado às 19h05)
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Após as polêmicas por causa de políticas migratórias, a União Europeia resolveu moderar o tom com a Itália para não abrir uma cisão com o novo governo do país antes mesmo de ele tomar posse.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Na última terça-feira (16), o comissário europeu para Migração, Dimitris Avramopoulos, havia dito que esperava que o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga mantivessem a forma de o país lidar com a migração no Mediterrâneo.

A frase gerou reações na Itália e fez Matteo Salvini, secretário da Liga, acusar Bruxelas de tentar uma "interferência inaceitável" em assuntos internos do país. Nesta quarta (16), Avramopoulos voltou a se pronunciar e disse apenas acreditar que a Itália "seguirá pelo mesmo caminho percorrido até agora".

"Não tenho comentários sobre a formação do governo na Itália, sobre o processo em curso e sobre o diálogo político na Europa. Mas tenho plena confiança no presidente [Sergio] Mattarella, na Constituição e na República Italiana", declarou.

Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que a UE "não seria completa" sem a Itália, um dos países fundadores do bloco. "Amo esse país, amo seu gênio, mas não farei comentários sobre o processo político. Vejamos os resultados antes de comentar", afirmou.

Tanto a Liga quanto o M5S sempre defenderam a saída da Itália da zona do euro, mas mudaram de ideia nas últimas eleições. O rascunho de seu programa do governo não prevê nenhuma medida para romper com Bruxelas.

Ansa - Brasil   
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