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Após bombardeio recorde da Rússia, Zelensky e Trump concordam em reforçar defesa aérea ucraniana

Os presidentes da Ucrânia, Volodymir Zelensky, e dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma conversa telefônica nesta sexta-feira (4), logo após o território ucraniano ter sido alvo do ataque de drones russos mais pesado desde o início da guerra. Durante a ligação, ambos concordaram na necessidade de "reforçar" a defesa aérea da Ucrânia.

4 jul 2025 - 15h34
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Os presidentes da Ucrânia, Volodymir Zelensky, e dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma conversa telefônica nesta sexta-feira (4), logo após o território ucraniano ter sido alvo do ataque de drones russos mais pesado desde o início da guerra. Durante a ligação, ambos concordaram na necessidade de "reforçar" a defesa aérea da Ucrânia.

Ao fim do telefonema com Trump, que abordou, sobretudo, "as possibilidades de defesa antiaérea", Zelensky anunciou que os dois dirigentes haviam concordado em "trabalhar juntos para reforçar a proteção" do céu ucraniano. Zelensky não forneceu mais detalhes sobre o tipo de cooperação cogitado. Mas a conversa acontece em um momento em que cidades ucranianas sofrem cada vez mais com ataques russos devido à falta de sistemas de defesa aérea que cubram todo o país de forma eficaz.

Na quinta-feira (3), Trump também teve uma conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, que, novamente, terminou sem anúncios importantes para resolver o conflito. Como prova do impasse nas negociações de paz, apesar de sua retomada em maio, o chefe da Casa Branca não escondeu sua decepção e admitiu que não havia feito "nenhum avanço" durante sua telefonema com Putin. Além disso, uma terceira rodada de negociações diretas russo-ucranianas ainda não foi anunciada, um mês após uma última reunião mal-sucedida na Turquia.

Putin continua exigindo que a Ucrânia ceda quatro regiões, além da Crimeia anexada em 2014, e renuncie à sua adesão à Otan, condições inaceitáveis para Kiev, que pede a retirada das tropas russas de seu território. O líder russo reiterou a Trump que Moscou "não renunciará a seus objetivos" na Ucrânia. Neste momento "não é possível", visto que "a operação militar especial" prosseguirá, insistiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, nesta sexta-feira.

Ataque "brutal"

Os militares russos continuaram bombardeando a Ucrânia. Durante a noite, as forças de Moscou lançaram 550 mísseis, incluindo 539 drones, contra Kiev, segundo a Força Aérea ucraniana.

"Foi uma noite brutal", lamentou Zelensky, e os serviços de emergência relataram pelo menos um morto e 26 feridos, incluindo uma criança. Um porta-voz militar da Força Aérea ucraniana afirmou que este bombardeio foi o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022.

Kiev afirmou ter neutralizado 478 dos 550 mísseis disparados pelo Exército russo, que alegou ter atingido um aeródromo militar e uma refinaria de petróleo. Os ataques foram seguidos por dezenas de incêndios, especialmente na capital ucraniana. Um prédio da embaixada polonesa foi danificado, de acordo com Varsóvia.

Segundo uma contagem da agência AFP, as forças russas lançaram um número recorde de drones e mísseis contra a Ucrânia em junho, o que coincidiu com a estagnação nas negociações de paz diretas entre Kiev e Moscou. "Putin está mostrando claramente sua absoluta falta de consideração pelos Estados Unidos e por qualquer um que peça o fim da guerra", declarou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Sibiga.

A intensificação dos ataques gera preocupação depois que o governo dos Estados Unidos anunciou esta semana que suspenderá o envio de algumas armas para a Ucrânia, um apoio crucial para repelir os bombardeios.

(Com AFP)

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