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América Latina

Manuel Noriega, ex-ditador do Panamá, morre aos 83 anos

30 mai 2017 - 02h26
(atualizado às 08h14)
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O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, em foto de 1989.
O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, em foto de 1989.
Foto: Reuters

O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, morreu na noite de segunda-feira, aos 83 anos, no Hospital Santo Tomás, na Cidade do Panamá, informação confirmada nesta terça-feira à Agência EFE pelo seu advogado, Ezra Ángel.

"Confirmado", respondeu laconicamente, o advogado de Noriega, que permanecia internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI), em estado grave, desde o dia 7 de março, quando lhe foi removido um tumor cerebral benigno.

O antigo "homem forte" do Panamá, que governou o país entre os anos de 1983 e 1989, quando foi derrubado por uma invasão dos Estados Unidos, morreu por volta das 23h (horário local, 1h de Brasília, nesta terça-feira), segundo os dados divulgados pela impressa local.

O estado de saúde de Noriega se complicou após sofrer uma hemorragia, poucas horas depois de sido operado no início de março, tendo que passar por uma segunda intervenção cirúrgica.

Desde então, estava na UTI do Hospital Santo Tomás, o maior do país, e foram frequentes os rumores da sua suposta morte ou de mais complicações de sua saúde já frágil.

O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, em frente a tropa em foto de 1985.
O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, em frente a tropa em foto de 1985.
Foto: EFE

Noriega foi extraditado para o Panamá no dia 11 de dezembro de 2011, após cumprir mais de 20 anos de prisão nos EUA e na França por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ele cumpria mais de 60 anos de pena na prisão El Renacer, nos arredores da capital panamenha, até o dia 28 de janeiro deste ano, quando a Justiça lhe concedeu prisão domiciliar temporária para que fizesse o pré e o pós-operatório fora da prisão.

Em 2010, a Justiça panamenha abriu um novo processo criminal contra ele por sua suposta responsabilidade no desaparecimento, em 1970, e posterior morte do líder da esquerda, Heliodoro Portugal, mas o julgamento foi suspenso no ano passado por conta dos problemas de saúde que afligiam o ex-ditador.

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