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América Latina

Maduro investe contra opositores venezuelanos em Miami

Washington anunciou hoje, através de um comunicado, novas sanções contra funcionários venezuelanos

3 fev 2015 - 01h11
(atualizado às 08h25)
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<p>Maduro investe contra opositores venezuelanos em Miami</p>
Maduro investe contra opositores venezuelanos em Miami
Foto: EFE en español

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta segunda-feira que os venezuelanos que vivem em Miami, nos EUA, sejam identificados, com nome e sobrenome, e tenham seus rostos mostrados em rede nacional de rádio e televisão, pois supostamente pedem que o governo americano declare o país sul-americano como um "narcoestado" e imponha sanções contra seus funcionários.

"Acabo de ver um comunicado de uma organização da MUD (Mesa da Unidade Democrática, a coligação de oposição ao governo) da direita em Miami, onde pedem mais sanções contra a Venezuela, que o país seja declarado como um 'narcoestado' e que os Estados Unidos adotem uma política para enfrentar à Venezuela como um 'narcoestado'", disse.

O presidente pediu ao Judiciário, durante um ato com militantes de seu grupo político, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), em Caracas, que acione "todo o poder da pátria" para defender sua soberania diante dos opositores residentes em Miami.

"Não pode haver impunidade, é preciso ver quem assina esse comunicado pedindo que a Venezuela seja declarada um 'narcoestado', é preciso buscá-los, com nome e sobrenome, mostrar seus caras em rede nacional, porque propor a intervenção de outro país é uma alta traição à pátria", disse.

Mais cedo, durante um evento de inauguração do ano judicial 2015 na sede da Suprema Corte do país, Maduro pediu ao máximo tribunal que promova um debate entre instituições jurídicas da região para apresentar aos povos e magistrados do mundo "a denúncia dessas pretensas sanções".

Washington anunciou hoje, através de um comunicado, novas sanções contra funcionários venezuelanos.

"Estamos enviando uma clara mensagem aos que violam os direitos humanos, àqueles que se aproveitam da corrupção pública e a suas famílias, que não são bem-vindos nos Estados Unidos", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em um breve comunicado.

Em dezembro do ano passado, o presidente americano, Barack Obama, assinou uma lei aprovada pelo Congresso com sanções contra funcionários venezuelanos considerados responsáveis de violações de direitos humanos nesse país.

Essas sanções incluem o congelamento de ativos e a proibição para emissão de vistos para funcionários do governo venezuelano vinculados com a violência e a repressão nas manifestações estudantis de fevereiro de 2014, que terminaram com um saldo oficial de 43 mortos e centenas de feridos.

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EFE   
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