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"Agora ou nunca": Manifestantes de Hong Kong dizem não ter nada a perder

27 ago 2019 - 20h51
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Angustiado com a atitude intransigente do governo na escalada da situação social, Jason Tse se demitiu de seu emprego na Austrália e pegou um avião para voltar para casa e participar do que acredita ser uma luta pelo futuro de Hong Kong. 

Ativista em Hong Kong mostrao cartaz durante protesto. 12/8/2019.  REUTERS/Thomas Peter
Ativista em Hong Kong mostrao cartaz durante protesto. 12/8/2019. REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

O território chinês passa por sua maior crise desde a cessão ao governo de Pequim, há 22 anos, enquanto muitos moradores se afligem com o que é visto como o aumento do domínio chinês na cidade, em uma marcha contínua pelo controle total da região. 

A batalha pela alma de Hong Kong virou os manifestantes contra os chefes políticos da ex-colônia britânica em Pequim, e amplas porções do hub financeiro asiático estão determinadas a defender as liberdades de seu território a qualquer custo.

Diante das possíveis punições e nenhuma recompensa, a chefe executiva Carrie Lam reiterou que as demandas dos manifestantes são inaceitáveis. O movimento pró-democracia se intensificou nos últimos dias apesar de Pequim ter destacado tropas paramilitares para a região da fronteira nas últimas semanas. 

"Este é um momento de agora ou nunca, e é a razão pela qual voltei", disse Tse, de 32 anos, acrescentando que, desde que se juntou aos protestos no mês passado, tem sido um membro pacífico dos comícios e um ativista no aplicativo de mensagens Telegram. 

"Se não agirmos agora, nossa liberdade de expressão, nossos direitos humanos, tudo estará perdido. Precisamos persistir". 

Desde que a cidade retornou ao domínio chinês em 1997, críticos dizem que Pequim não honrou o compromisso de manter a autonomia de Hong Kong e as liberdades sob a fórmula de "um país e dois sistemas". 

A oposição a Pequim, que havia diminuído após 2014, quando autoridades enfrentaram um movimento pró-democrático que tomou as ruas por 79 dias, voltou para assombrar o governo, que agora lida com um ciclo de escalada de violência. 

"Precisamos continuar lutando. Nosso maior medo é o governo chinês", disse um professor que se recusou a se identificar por medo de represálias. "Para nós, é um caso de vida ou morte". 

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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