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África

Rússia já cogita terrorismo com A321, mas pede mais provas

10 nov 2015 - 10h32
(atualizado às 12h43)
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Foto: EFE

A Rússia garantiu nesta terça-feira que carece de "provas fidedignas" que respaldem a versão dos EUA e do Reino Unido de que o um atentado terrorista foi a causa da catástrofe do Airbus que caiu em 31 de outubro na península egípcia do Sinai com 224 passageiros a bordo.

"Nem a comissão governamental e nem a comissão técnica dispõem de dados fidedignos de que se tratou de um atentado terrorista", disse Maxim Sokolov, ministro de Transporte, aos meios de comunicação locais.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, foi o primeiro a se referir abertamente a essa versão em entrevista publicada hoje pelo jornal "Rossiyskaya Gazeta".

"A possibilidade de um atentado terrorista, claro, se mantém como uma das causas do que ocorreu", disse Medvedev, que pediu, no entanto, esperar pelos resultados da investigação antes de tirar conclusões.

Os serviços secretos britânicos, que proporcionaram dados secretos a respeito à parte russa, e americanos acreditam que uma bomba foi colocada no avião russo que caiu no Sinai após decolar de Sharm el-Sheikh.

A braço egípcio do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) insistiu em reivindicar a queda do avião russo, embora não ofereceu detalhes.

No entanto, tanto o presidente russo, Vladimir Putin, como as autoridades russas mantiveram desde o princípio um rigoroso silêncio sobre as causas da tragédia, a maior na história da aviação russa.

Foto: EFE

Representantes da companhia Airbus insistiram hoje em entrevista à agência oficial "RIA Nóvosti" de que o avião A-321 se encontrava em perfeito estado e que a catástrofe não pôde ser provocada por uma falha técnica no aparelho.

Por outra parte, Sokolov garantiu que a Rússia não retomará os voos com o Egito até que as medidas de segurança se correspondam com os padrões internacionais e satisfaçam as exigências da parte russa.

A respeito, Sokolov estimou em quase 35 mil os turistas que já retornaram do Egito desde que Putin suspendeu na sexta-feira os voos a esse país, o principal destino turístico para os russos.

Segundo as previsões do Executivo, serão necessárias quase duas semanas para repatriar os milhares de russos que descansam no país árabe.

Por motivos de segurança, as bagagens estão sendo enviadas em aviões de carga fretados pelos Ministérios de Defesa e de Situações de Emergência, e a companhia aérea Volga-Dniepr.

Foto: Reuters
EFE   
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