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África

Outro ciclone deve atingir Moçambique na quinta-feira

Meteorologistas dizem que o ciclone Kenneth vai trazer chuva acentuada, fortes ventos e ondas de vários metros

24 abr 2019 - 14h34
(atualizado às 20h55)
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Outro ciclone tropical deve chegar à costa de Moçambique na quinta-feira, pouco mais de um mês depois de uma tempestade mais intensa atingir o sul da cidade portuária de Beira e matar centenas de pessoas.

Meteorologistas dizem que o ciclone Kenneth vai trazer chuva acentuada, fortes ventos e ondas de vários metros à nação africana, que ainda se recupera dos efeitos devastadores do ciclone Idai.

Casas destruídas pelo ciclone Idai em Buzi, perto de Beira, em Moçambique
24/03/2019
REUTERS/Mike Hutchings
Casas destruídas pelo ciclone Idai em Buzi, perto de Beira, em Moçambique 24/03/2019 REUTERS/Mike Hutchings
Foto: Reuters

Companhias internacionais de energia, como a Exxon Mobil, estão desenvolvendo grandes campos de gás natural próximo à costa norte de Moçambique.

A chegada do ciclone está prevista para a tarde de quinta-feira (horário local) na província de "Costa Delgado, na costa nordeste de Moçambique e será um ciclone com ventos que podem atingir a velocidade de 140 quilômetros por hora", disse Jan Vermeulen, do Serviço Meteorológico da África do Sul.

Um relatório emitido pelo centro regional de monitoramento de ciclones na Ilha da Reunião informou que partes do sul da Tanzânia também podem ser afetadas pelo ciclone Kenneth.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres de Moçambique declarou que cerca de 682.500 pessoas podem estar em risco devido à tempestade nas províncias do norte de Cabo Delgado e Niassa. Cerca de 112 mil pessoas estariam em áreas nas quais os ventos podem ultrapassar 120 quilômetros por hora, informou.

Autoridades recomendaram que os moradores de áreas de risco se desloquem imediatamente para locais mais altos, ao passo que Augusta Maita, do instituto, disse que alertas estão sendo transmitidos na mídia local.

Em março, o ciclone Idai matou mais de mil pessoas em Moçambique, Zimbábue e Malawi. Autoridades moçambicanas de saúde e agências de ajuda humanitárias tentam combater um surto de cólera provocado pela passagem do ciclone.

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