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África

Esposa de novo primeiro-ministro de Lesoto é morta a tiros na porta de casa

15 jun 2017 - 06h14
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A esposa do novo premier de Lesoto, Thomas Thabane, foi assassinada a tiros horas antes da posse de seu marido, eleito nas eleições do dia 3 deste mês, de acordo com informações publicadas nesta quinta-feira pela imprensa local.

Fontes da polícia afirmaram que o crime aconteceu ontem à noite, quando o um homem armado disparou contra Lipolelo Thabane, de 58 anos, que estava na porta de sua casa, localizada nos arredores da capital, Maseru.

Uma amiga que a acompanhava também foi baleada e está internada em estado grave.

Thabane e Lipolelo tinham iniciado o processo de divórcio e aguardavam a decisão do tribunal, segundo a imprensa local.

Por enquanto, ninguém foi preso e a polícia segue investigando para esclarecer este assassinato, que aumentou a tensão no país e se teme que possa provocar uma onda de violência política.

Em princípio, está previsto que amanhã aconteça a cerimônia de posse de Thabane como premier, cargo já que ocupou até 2014, quando fugiu do país após uma golpe fracassado.

Thabane venceu as eleições do pequeno país africano, ocorrida no início do mês e formará um governo de coalizão graças ao apoio de outros três partidos minoritários.

As eleições ocorreram após uma moção de censura impulsionada, em fevereiro, por Thabane, no meio de uma crise que começou em agosto de 2014, quando o governante teve que fugir para a África do Sul por conta da tentativa de golpe onde militares rebeldes chegaram a cercar sua casa.

O então premier pôde retornar à capital de Lesoto, uns dias depois, escoltado por policiais da África do Sul, que rodeia geograficamente ao reino montanhoso e tem grande influência econômica e política no país.

Por trás da tentativa de golpe estava o recém-cassado chefe do Exército, Tlali Kamoli, que ordenou o motim de seus soldados após se negar a aceitar sua destituição.

A monarquia constitucional de Lesoto viveu diversos golpes de Estado desde que se tornou independente do Reino Unido, em 1966.

EFE   
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