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Morre general de Exército da reserva Antônio Gabriel Esper

General morreu aos 74 anos vítima de um câncer; corpo será velado na manhã desta quarta-feira

29 jun 2020 - 20h29
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BRASÍLIA - O general de Exército da reserva Antônio Gabriel Esper morreu nesta segunda-feira, aos 74 anos, vítima de um câncer. Desde que deixou o Comando de Operações Terrestres, seu último cargo no Exército, em 2011, o general foi trabalhar na Federação das Indústrias de São Paulo. Atualmente exercia o cargo de diretor-executivo e assessor para assuntos estratégico da Fiesp. Como quatro-estrelas, ocupou ainda o cargo de comandante Militar do Sudeste, em São Paulo, onde seu corpo será velado, na manhã desta quarta-feira. Depois, seu corpo será cremado.

Um do melhores amigos do general Esper, que era, inclusive, padrinho da sua filha, o ministro general Augusto Heleno, chefe do GSI, lamentou a perda. "Meu grande amigo há sessenta anos. Soldado por vocação, querido por todos, conciliador, homem do bem, apaixonado por tudo que decidia fazer. Perda doída para mim e para minha família." Para o Estadão, o ministro ainda destacou que Esper "teve uma brilhante carreira militar, onde alcançou os mais altos postos".

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também lamentou a morte do general. "O General Esper teve uma brilhante carreira militar, onde alcançou os mais altos postos, e também teve uma atuação de destaque na carreira civil. Por onde passou, ele deixou sua marca. Mas, acima de tudo, era um ser humano excepcional, solidário, bom, um amigo leal", afirmou ao Estadão.

Em nota oficial, o Comando do Exército informou, "com pesar" a sua morte e informou que o será realizado na terça-feira, dia 30 de junho de 2020, das 09:00h às 11:00h, na capela do Quartel-General Integrado do CMSE. A nota diz ainda que, por decisão da família, o corpo será cremado no mesmo dia em cerimônia restrita. Nos últimos anos o general passava 20 dias em São Paulo, na Fiesp, e dez em Recife, onde morava sua família.

O general também ocupou o cargo de chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, quando o comandante era o general Francisco Albuquerque e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quando estava lá, em outubro de 2004, em pleno governo PT, publicou uma nota defendendo o governo militar, que acabou alvo de críticas dos mais diversos segmentos como Ordem dos Advogados do Brasil, Fenaj, parlamentares do Congresso.

Na nota, o general Esper citava o sempre criticado Doi-Codi como uma "estrutura" para apoiar "as atividades necessárias para desestruturar os movimentos radicais e ilegais". O comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, à época, disse não saber da nota, assim como o então ministro da Defesa, embaixador José Viegas. O episódio exigiu uma retratação do general Esper e o episódio foi considerado superado, para evitar uma crise política.

Durante sua carreira, o general Esper também foi adido militar no Irã, reabriu o Colégio Militar do Recife, comandando-o depois, em 1994. Entre 2000 e 2002 comandou a 10ª Bda Inf Mtz, em Recife.

Estadão
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