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Mais de 160 detidos em operação contra máfia na Itália e na Alemanha

9 jan 2018 - 12h55
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Em ação conjunta, autoridades italianas e alemãs miram braço da organização mafiosa Ndrangheta baseado na Calábria e que também atua no sul da Alemanha. Grupo é acusado de assassinato e lavagem de dinheiro.As polícias da Itália e da Alemanha prenderam mais de 160 suspeitos e apreenderam cerca de 50 milhões de euros numa operação conjunta contra um braço da organização mafiosa calabresa Ndrangheta, anunciaram autoridades italianas nesta terça-feira (09/01).

O foco da investigação foi o grupo Farao-Marincola, baseado no município calabrês de Cirò. Segundo o Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BKA), trata-se de uma poderosa e superordenada organização criminosa, com grande influência além das regiões vizinhas.

Além de ter se espalhado pela Itália, o grupo é particularmente ativo nos estados de Hessen e Baden-Württemberg, no sul da Alemanha. Entre as acusações contra a organização estão assassinato, extorsão, lavagem de dinheiro, roubo de carros e comércio ilegal.

Segundo o comunicado, o clã conseguiu se infiltrar em importantes áreas da economia italiana, como a produção e venda de peixe, vinho produtos de panificação. Funerárias também estão entre os negócios visados pelos mafiosos. Com os lucros, eles investem no norte da Itália e na Alemanha.

As atividades criminosas do Farao-Marincola se estendem também aos setores de turismo e jogos de azar, bem como centros de acolhimento para migrantes, segundo relatos da imprensa italiana. Uma série de políticos eleitos, incluindo prefeitos, estariam envolvidos em licitações públicas fraudulentas ligadas ao grupo mafioso.

Muitos dos mandados de prisão foram emitidos para suspeitos que já estão atrás das grades por outros crimes. Segundo o diário italiano La Repubblica, a ação policial transfronteiriça foi coordenada pela unidade de combate à máfia da polícia italiana na capital da Calábria, Catanzaro.

De acordo com o BKA, 11 suspeitos foram presos na Alemanha. Eles têm entre 36 e 61 anos e foram presos nos estados de Hessen, Baviera, Baden-Württemberg e Renânia do Norte-Vestfália. Eles são acusados de extorsão e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

PV/rtr/dpa/afp/kna

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

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