Mãe de vítima agredida com 61 socos se pronuncia: 'Queria que tivesse sido comigo'
Débora Sueli Garcia dos Santos, mãe da vítima que foi agredida pelo namorado com mais de 60 socos em um elevador, se pronuncia
Débora Sueli Garcia dos Santos, mãe da vítima que foi agredida pelo namorado com mais de 60 socos em um elevador, quebrou o silêncio e se pronunciou. Juliana Garcia dos Santos Soares foi brutalmente espancada pelo ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral.
Em entrevista à Marie Claire, Débora lamentou o ocorrido e fez um forte desabafo. "Quando vi o vídeo, desabei. Não consigo entender como pode existir um ser daquele. Cada vez que eu fecho o olho, aquela imagem vem", iniciou ela.
E completou: "Eu já pedi muito a Deus para tirar aquela imagem da minha cabeça. Essa foi a pior exposição, mas foi isso que praticamente salvou a vida dela. Se não tivessem aquelas câmeras, talvez hoje ela não estivesse aqui pra contar o testemunho".
Como soube da notícia?
A mãe de Juliana, que não mora em Natal, foi avisada sobre a agressão ao telefone por uma amiga. "Essa amiga disse que a Juliana, mesmo passando por tudo isso, só queria que eu soubesse quando tudo estivesse resolvido", contou.
"Só percebi a fragilidade dela quando ela estava na sala de recuperação depois da cirurgia, anestesiada, com os curativos no rosto. Realmente é muito chocante. Só pensava em como queria tirar tudo isso da minha filha. Queria que tivesse sido comigo. Quando consegui abraçá-la, meu coração acalmou um pouco. Passei o dia com ela e, finalmente, consegui dormir cinco horas, à base de muito remédio (...). Não vejo ela chorar ou se vitimizar, e isso me deu força. O que ela quer hoje é ajudar outras mulheres para que não passem por isso. Ela vai segurar essa bandeira", declarou.
Débora ressaltou que não sabia que a filha vivia uma relação tóxica e violenta. Ela disse que viu Igor pessoalmente apenas uma vez, em 2024. "Só disse 'Oi, tudo bem?', e acabou. Não fui com a cara dele, mas não sabia do comportamento dele", relembrou.
Mãe da vítima faz alerta
Por fim, a mãe abriu o coração e fez um alerta. "O caso dela não pode ser esquecido. E o que mais fazemos é esquecer, toda semana tem uma tragédia. Então não pode cair um esquecimento por conta das outras mulheres. Isso precisa acabar. Não é possível. Isso precisa acabar. A justiça no Brasil precisa funcionar", cravou.