Lula sobre relação com Congresso: "Nenhum projeto importante deixou de ser aprovado"
Lula expressou ser "muito grato" ao Congresso pelo trabalho realizado nos três anos de governo
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um balanço da atuação do Congresso Nacional em relação à agenda do governo federal durante o ano. Em declaração na segunda-feira (15), o presidente afirmou que "nenhum projeto importante" para o Executivo deixou de ser aprovado pelo Legislativo.
O chefe do Executivo relembrou o cenário inicial, mencionando que a base aliada possuía apenas 70 deputados em 513 e 9 senadores em 81. Apesar da minoria, Lula sustentou que o governo conseguiu aprovar todas as iniciativas prioritárias. O sucesso, segundo ele, deve-se à "contribuição do Congresso" e ao apoio de parlamentares de diferentes espectros políticos, incluindo oposição e independentes.
"Quando eu cheguei na Presidência, tinha 70 deputados em 513, 9 senadores em 81. Quantos de vocês pensarem que não daria para governar? E nós não tivemos um projeto importante que não foi votado e aprovado, com a contribuição do Congresso, dos partidos políticos, dos que votaram em mim, votaram contra, votaram em outro", disse Lula.
Sobre as ocasiões em que o Congresso derrubou vetos presidenciais, Lula negou ter ficado insatisfeito. Ele argumentou que as consequências de tais reversões não o afetam pessoalmente, mas sim setores específicos da economia.
O presidente utilizou como exemplo o setor agrícola exportador. Ele alertou que a não observância de questões climáticas, que pode levar a denúncias internacionais ou à recusa de compra por parceiros como a União Europeia, resultará em perdas para os empresários e não para o Executivo.
Lula expressou ser "muito grato" ao Congresso pelo trabalho realizado nos três anos de governo. Ele também ofereceu uma justificativa para as pautas que não avançaram. Na visão do presidente, a não aprovação de certos projetos pode ser atribuída à falta de "capacidade de convencê-los [os parlamentares] a aprovar" por parte do governo.
Ele fez uma distinção: enquanto algumas barreiras eram de natureza estritamente ideológica ou partidária, na área econômica, o Congresso agiu de forma "muito correta".
O presidente finalizou a análise agradecendo o apoio do Legislativo nas questões econômicas, citando nominalmente a aprovação da reforma tributária e de medidas relacionadas ao Imposto de Renda.