Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Juliana Marins morreu por traumas da queda na Indonésia, diz novo laudo

11 jul 2025 - 06h47
(atualizado em 11/7/2025 às 17h42)
Compartilhar
Exibir comentários

Peritos brasileiros realizaram nova autópsia no corpo da brasileira, que morreu em trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. Óbito teria ocorrido 15 minutos após os ferimentos da segunda queda.A nova autópsia realizada no corpo de Juliana Marins, morta após sofrer queda no Monte Rinjani, na Indonésia, confirmou que a brasileira morreu em decorrência de ferimentos múltiplos causados por uma queda de grande altura.

O resultado se assemelha ao divulgado por autoridades do país asiático, que realizaram uma primeira perícia no corpo de Juliana, quatro dias após o acidente.

Segundo o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, Juliana sofreu hemorragia interna causada por lesões severas em órgãos vitais, compatíveis com o impacto.

Na sexta-feira (11/07), a irmã de Juliana Marins, Mariana Marins, e profissionais que participaram da autópsia do corpo no Brasil concederam uma entrevista coletiva sobre os resultados.

Segundo Mariana, eles concluíram que Juliana caiu cerca de 220 metros na primeira queda, após a qual teria permanecido viva por mais cerca de 32 horas.

Na segunda queda, ela teria caído por mais 60 metros e sofrido um impacto de frente e os ferimentos que causaram a sua morte - estima-se que ela tenha sobrevivido de 10 a 15 minutos após esses ferimentos, sem condições de reagir ou se locomover. Depois, ela seguiu caindo até o ponto onde foi encontrada, a 650 metros de profundidade.

O perito Reginaldo Franklin, da Polícia Civil, estimou que ela morreu às 12h15 (horário local) do dia 22 de junho - a primeira queda ocorreu no dia 20.

A causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo. A autópsia localizou fraturas nas costelas, com perfuração do pulmão, no fêmur e na pelve, e uma contusão no crânio.

No intervalo entre a segunda queda e o óbito, Juliana não teria conseguido se locomover ou reagir de forma eficaz devido ao intenso "estresse endócrino, metabólico e imunológico", segundo o laudo. Os peritos não descartam que ela tenha passado por um "período agonal" de sofrimento físico e mental durante a falência progressiva do organismo.

No entanto, os médicos apontam que o corpo, que foi embalsamado antes de chegar ao Brasil, comprometeu a necrópsia, impedindo a análise de sinais clínicos como hipotermia, desorientação, desidratação ou possíveis indícios de violência sexual. A análise não identificou lesões traumáticas na região genital.

"Considerando, única e exclusivamente, o corpo da vítima, o perito conclui como prejudicado pelo lapso temporal e as condições de embalsamento que chegou o cadáver", diz o laudo.

Família pediu nova necrópsia

A perícia foi realizada a pedido da família de Juliana, que solicitou à Justiça Federal uma nova autópsia para esclarecer a causa da morte da brasileira. A justificativa para o procedimento é que os exames realizados no país asiático ainda deixavam dúvidas sobre as circunstâncias em que Juliana faleceu, especialmente quanto ao horário do óbito. Um perito particular acompanhou os procedimentos realizados pela Polícia Civil.

O relatório divulgado pelas autoridades indonésias indicava que um trauma torácico grave decorrente de forte impacto provocou hemorragia interna e danificou órgãos vitais. Além disso, o documento também estimava que Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após sofrer os ferimentos, sem apresentar sinais de hipotermia.

Segundo Mariana, o último registro fotográfico de Juliana com vida foi feito no dia 21 às 6h59 da Indonésia. A Defesa Civil local chegou à região da primeira queda às 19h50.

Para a família, confirmar o horário exato da morte e verificar possíveis sinais de hipotermia era essencial para apurar se o óbito poderia ter sido provocado pela demora no resgate. O corpo da brasileira foi resgatado em meio a uma série de dificuldades logísticas e estruturais que comprometeram a operação.

gq/cn (Agência Brasil, ots)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade