Inteligência artificial revela peptídeo capaz de revitalizar sistema imunológico
Atualmente, o LL-37 está em fase de testes com animais. O objetivo é criar um spray nasal que possa ser rapidamente absorvido pelo organismo e atingir o intestino, proporcionando uma defesa mais robusta
No recente evento Aging Research Drug Discovery (ARDD 2024), um anúncio surpreendente foi feito por Joshua "Scotch" McClure, CEO e cofundador da Maxwell Biosciences. Ele revelou um peptídeo promissor, fruto da inteligência artificial, capaz de revitalizar o sistema imunológico.
A teoria de McClure enfatiza a importância do microbioma para nossa saúde geral. Podemos dizer que o microbioma, o conjunto de microorganismos que vivem em nosso trato gastrointestinal, desempenha um papel crucial no bem-estar do corpo. A degradação desse microbioma, geralmente associada ao envelhecimento, pode levar a diversas complicações de saúde.
De acordo com McClure, a perspectiva tradicional considera o envelhecimento como um fenômeno multifatorial, influenciado por fatores genéticos e ambientais. Contudo, uma nova visão está emergindo: a disbiose, ou desequilíbrio da microbiota, pode ser um catalisador e acelerador do envelhecimento.
Disbiose é o desequilíbrio da microbiota intestinal, quando microorganismos nocivos superam os benéficos. McClure explicou que uma microbiota desequilibrada pode causar diversos problemas de saúde, como inflamação crônica, falhas na comunicação celular, senescência celular, disfunção mitocondrial, instabilidade genômica, desgaste dos telômeros e alterações epigenéticas.
Como a inteligência artificial está moldando novas soluções?
A chave para combater esses efeitos pode estar na manutenção de uma microbiota equilibrada. A Maxwell Biosciences está desenvolvendo um peptídeo conhecido como LL-37, que tem propriedades antibacterianas, antifúngicas, antivirais e anti-inflamatórias.
O LL-37 é conhecido por suas propriedades benéficas, mas sua instabilidade tem sido um problema. McClure revelou que sua equipe conseguiu estabilizar o peptídeo substituindo um átomo de carbono por um de nitrogênio, aumentando sua eficácia e durabilidade.
Atualmente, o LL-37 está em fase de testes com animais. O objetivo é criar um spray nasal que possa ser rapidamente absorvido pelo organismo e atingir o intestino, proporcionando uma defesa mais robusta contra vírus, bactérias e fungos. Se bem-sucedido, este peptídeo pode trazer avanços significativos na saúde e longevidade.