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Harry Styles às gargalhadas

Nova coleção da Gucci traz Harry Styles em uma divertida quebra de códigos conservadores que rondam o guarda-roupa masculino

27 nov 2022 - 05h17
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No próximo dia 6, Harry Styles desembarca no Brasil para uma série de shows da turnê Love on Tour, começando e encerrando em São Paulo. A expectativa é grande e ganha ainda mais combustível com a chegada às araras da coleção Gucci HA HA HA, ponto alto e desdobramento natural da amizade entre o ídolo pop e Alessandro Michele, diretor criativo da marca italiana.

Tanto que o nome da collab é a junção das primeiras letras dos nomes de ambos, Harry e Alessandro, além da rápida remissão a uma gargalhada. Entre os dois, sobram afinidades embaladas por um senso de humor particular e a predileção por referências ao visual inglês, aristocrático e excêntrico, dos anos 1970.

Pode-se dizer que foi o poderoso diálogo não verbal da vestimenta o responsável pela conexão imediata entre os dois. O músico havia escolhido um look Gucci para uma de suas aparições e pediu para conhecer Michele. Quando Styles chegou, vestindo um casaco de pele falsa, capturou imediatamente a atenção do estilista, que estava há pouco mais de dois anos na direção criativa da grife, enquanto o cantor iniciava a carreira solo e lançava sua própria gravadora independente, a Erskine, após o encerramento do grupo One Direction.

O encontro gerou imediatamente uma relação de troca, de contaminação criativa contínua e o impulso para explorar. Em pouco tempo, Styles estreava como rosto da campanha de 2018 da Gucci. Seu look para o Met Gala, no ano seguinte, foi criado por Michele, assim como o marcante vestido e o blazer que o artista britânico usou na capa da Vogue America, em 2020.

"Ele possui um senso incrível de moda. Ao observar sua capacidade de combinar itens de vestuário de uma forma que é fora do comum em comparação com os padrões exigidos de gosto e a homogeneização da aparência, eu entendi que o styling de um look é um gerador de diferenças e de poderes, assim como suas reações aos designs que eu criei para ele, dos quais ele sempre se apropriou", explica Michele, que teve a ideia de convidar o amigo para a parceria criativa durante a conversa. "Propus um "guarda-roupa dos sonhos", começando com aquelas pequenas esquisitices que se juntam em visões infantis", acrescenta.

Styles conta que repetidamente se sentiu inspirado em ver o amigo criando coleções que desafiam o status quo. "O Alessandro sempre foi uma das minhas pessoas favoritas", diz ele, comemorando o lançamento da coleção. O resultado é uma mistura de estéticas do pop e boêmio setentista que passa a limpo a imagem do gentleman em uma memória afinada da alfaiataria, mas com um senso de elegância rebelde e divertida. São blazers, calças, saias, camisas e acessórios que dialogam com a imagem de moda da Gucci e com o protagonismo de Styles no exercício de códigos libertadores para o guarda-roupa masculino.

Alguns dos highlights: o terno com estampa de cerejas e carneirinhos, kilts plissados com tiras de regulagem em couro, o uso excêntrico do clássico xadrez Príncipe de Gales - a padronagem ganhou fama por ter feito parte do visual de Edward VII e Edward VIII, quando os dois eram príncipes - e a bolsa Gucci Bamboo 1947, que a campanha insere na narrativa como uma referência da renovação do mundo masculino.

As imagens e o vídeo, assinados pelo fotógrafo britânico Mark Borthwick - ele é casado com a estilista chilena Maria Cornejo e vivem em Nova York -, contam a história dessa jornada, que tem muito de cumplicidade e vanguardismo.

Estadão
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