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Governo Trump aponta versão não comprovada de que Covid surgiu de laboratório na China

18 abr 2025 - 16h51
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Em meio a uma reformulação no site oficial da Casa Branca, o governo dos Estados Unidos alterou, na sexta-feira (18), a narrativa que vinha adotando sobre a origem da Covid-19. O conteúdo, publicado durante a campanha de Donald Trump, acusa a administração anterior, do ex-presidente Joe Biden, de favorecer a ideia de que o vírus surgiu naturalmente e de "ocultar" outra hipótese: a de um vazamento de laboratório em Wuhan, na China.

Na nova versão, a Casa Branca sustenta que “um incidente laboratorial é provavelmente a origem da Covid
Na nova versão, a Casa Branca sustenta que “um incidente laboratorial é provavelmente a origem da Covid
Foto: 19” - Canva Fotos / Perfil Brasil

Na nova versão, a Casa Branca sustenta que "um incidente laboratorial é provavelmente a origem da Covid-19". A mudança contraria o posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, embora tenha mantido a investigação aberta, considerou o cenário improvável em relatório de 2021.

O que a Casa Branca diz sobre a origem da Covid?

O site redesenhado, agora com o título Lab Leak — a verdade sobre as origens da Covid-19, destaca uma imagem de Donald Trump no topo e apresenta argumentos para reforçar a teoria do vazamento. Entre eles, um mapa que mostra a distância entre o mercado de Wuhan e o laboratório de virologia — cerca de sete quilômetros.

Também há ataques diretos ao infectologista Anthony Fauci, ex-assessor médico da Casa Branca, acusado de apoiar uma única publicação para "desacreditar" a hipótese do laboratório.

Segundo o texto oficial, "a publicação 'A Origem Proximal do SARS-CoV-2' — que foi usada repetidamente por autoridades de saúde pública e pela mídia para desacreditar a teoria do vazamento de laboratório — foi motivada pelo dr. (Anthony) Fauci a promover a narrativa preferida de que a Covid-19 se originou naturalmente".

Origem ainda incerta

Apesar do esforço americano para reforçar essa tese, não há consenso científico sobre o início da pandemia. A OMS, que lidera as investigações internacionais, reconhece que os dados disponíveis são insuficientes.

Em 2021, a agência publicou um relatório que apontava a transmissão de um animal para humanos como a hipótese mais provável. No ano seguinte, a entidade informou que a falta de acesso a informações por parte da China impediu conclusões definitivas.

Em 2023, pesquisadores chineses divulgaram novos dados. Amostras colhidas no mercado de frutos do mar de Huanan — foco inicial da pandemia — continham material genético de animais selvagens e testaram positivo para o coronavírus. A análise, revisada por pares, reforçou a teoria de origem natural.

A maior parte dos estudos publicados desde então sustenta essa linha. Para a comunidade científica, há um consenso (a concordância da maioria dos especialistas) de que o vírus passou de um animal para os humanos, mas ainda não se sabe como isso ocorreu.

A falta de respostas concretas abre espaço para teorias alternativas. E, no caso da Casa Branca, reforça uma narrativa politicamente estratégica.

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