Governo do RS declara emergência na saúde pública devido a doenças respiratórias
Medidas urgentes visam enfrentar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, com foco especial em crianças afetadas por influenza e covid-19
O Governo do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Secretaria da Saúde (SES), oficializou estado de emergência na saúde pública em todo o estado, em resposta ao aumento expressivo de doenças respiratórias e ao crescente número de casos atendidos nos serviços médicos. A declaração, publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (3), visa prevenir e enfrentar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças, que são frequentemente afetadas pela Influenza e Covid-19.
O decreto, válido por 120 dias até o final de agosto deste ano, destaca a sobrecarga das áreas de saúde do estado, especialmente nas alas pediátricas. Dependendo da evolução dos dados epidemiológicos, o prazo pode ser prorrogado. Durante esse período de urgência, as redes hospitalares que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS) devem implementar medidas administrativas imediatas para disponibilizar leitos clínicos de suporte ventilatório e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para casos de SRAG.
Dados epidemiológicos recentes da SES indicam um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias na primeira semana de abril, em comparação com anos anteriores. Segundo Sergio Amantea, médico pediatra especializado em pneumopediatria e membro do Corpo Clínico do Hospital Moinhos de Vento, além das doenças respiratórias tradicionais, como influenza, a dengue também está afetando crianças e contribuindo para a busca por atendimento hospitalar.
A capacidade da rede assistencial de se adaptar às demandas médicas é um desafio destacado por Amantea, enfatizando a necessidade de uma infraestrutura flexível que possa expandir e reduzir conforme a demanda, especialmente em períodos de pico como o atual.
