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Família diz que padre se recusou a falar nome de criança durante batismo no Rio

Segundo a família o padre se recusou a falar o nome da criança durante o batizado; cerimônia aconteceu em um bairro nobre do Rio de Janeiro

27 ago 2025 - 10h09
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Uma cerimônia de batismo em uma igreja católica no Leblon, Zona Sul do Rio, acabou em polêmica. A família da menina Yaminah afirma que o padre responsável se recusou a pronunciar o nome da criança, alegando suposta ligação com um culto religioso. O episódio, que deveria marcar um momento de celebração, transformou-se em constrangimento para os pais e familiares presentes.

Família diz que padre se recusou a falar nome de criança durante batismo no Rio / Reprodução
Família diz que padre se recusou a falar nome de criança durante batismo no Rio / Reprodução
Foto: Contigo

Os pais, David Fernandes e Marcelle Turan, explicaram que enviaram toda a documentação exigida e participaram do curso de preparação. Porém, minutos antes da celebração, o padre chamou a avó da menina e comunicou que não mencionaria o nome escolhido. "Ele falou que o nome dela estava ligado a um culto religioso e que, por isso, não falaria", contou a mãe. Segundo Marcelle, ele chegou a sugerir a combinação de Maria com o nome da filha, mas a família não aceitou.

O silêncio durante a cerimônia

Durante a celebração, o sacerdote se referiu apenas a "a criança". A mãe relatou: "Ele falava 'a criança', 'a filha de vocês'. E no momento mais importante, que é quando você joga água na cabeça, você fala 'eu te batizo, o nome da criança', ele não falou". Em vídeo gravado por uma tia, é possível ouvir um pedido para que o nome fosse pronunciado, ao que o padre respondeu que já havia feito.

A família reforça que a escolha de Yaminah tem um sentido profundo. "A gente queria um nome com significado importante, forte, e o nome dela significa justiça, com prosperidade, direção", destacou Marcelle. O advogado Diogo Ferrari argumentou que a decisão do sacerdote fere o Direito Canônico, que não impõe a obrigatoriedade de nomes cristãos. Já o antropólogo Rodrigo Toniol, da UFRJ, confirmou: "Desde a década de 80 não é obrigatório que o batizado tenha nome santo. Qualquer nome é aceito no sacramento".

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância como discriminação por religião, cor ou raça. A Arquidiocese do Rio divulgou nota afirmando que o batismo foi realizado conforme o ritual e ressaltou que sacerdotes podem oferecer orientações, mas jamais recusar o sacramento. A instituição concluiu repudiando "qualquer forma de discriminação" e reafirmou o compromisso com diálogo e acolhimento.

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