Surfista vive sonho na Califórnia
Surfista desde os 14 anos, Luiz Felipe Poli realizou um grande sonho para muitos de seus companheiros de esporte, que é morar na Califórnia, terra de muito sol e ótimas praias. Hoje, aos 30 anos, morando há três e meio em San Diego, este gaúcho administra o www.surfshot.com, um dos principais sites de surf report da região. Além disto, ele também trabalha como consultor e gerente de projetos para outras empresas.
A história de Luiz Felipe fora do Brasil começou logo depois que ele se formou em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em 1997. Interessado em viver fora do Brasil, ele fez os testes do programa de intercâmbio da AIESEC, uma grande rede mundial de estudantes. Como as primeiras propostas de estágio não o agradaram, ele resolveu ir para a Califórnia e visitar quatro universidades conveniadas.
Após esperar por quatro meses em Los Angeles, a primeira oportunidade surgiu em Porto Rico, onde Luiz Felipe foi trabalhar no Banco de Desenvolvimento Econômico do país. Três meses depois, ele estava de volta à Califórnia. Em San Diego, ele começou a estudar multimídia e a desenvolver e coordenar projetos para Internet, no que trabalha até hoje.
Segundo Luiz Felipe, a vida nos Estados Unidos é mais facil que no Brasil em vários aspectos, mas reconhece que os americanos são mais fechados que os brasileiros. O gaúcho acredita que a rotina estressante é um grande motivo para isto, mas ressalta que hoje tem ótimos amigos nascidos nos Estados Unidos. Luiz Felipe diz que não teve problemas para se adaptar à vida na Califórnia, já que lá existe uma enorme comunidade de brasileiros lá. "Conviver com pessoas do Brasil ajuda a não sentir tanta falta das coisas que amamos no nosso país", afirma.
Casado e com uma filha, Luiz Felipe diz que sua intenção é mudar para a Austrália, onde, segundo ele, a vida é mais parecida com a do Brasil, mas mais segura e economicamente estável. O gaúcho diz não se importaria em voltar para seu país. "O que me preocupa e a violência urbana, a instabilidade financeira e as condições que o governo impõe a empresas e trabalhadores", diz.
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