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Entenda os principais argumentos da PGR na denúncia contra Bolsonaro e aliados

19 fev 2025 - 10h06
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia formal contra Jair Bolsonaro (PL) e um grupo de aliados, acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O documento aponta que o ex-presidente teria liderado uma organização criminosa responsável por ações prejudiciais à democracia, com a intenção de instaurar um "projeto autoritário de poder". Caso o STF aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal, podendo ser condenado pelos crimes listados na acusação.

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Foto: presidente Jair Bolsonaro - depositphotos.com / celsopupo / Perfil Brasil

O que motivou a acusação contra Bolsonaro e seus aliados?

Segundo a PGR, a tentativa de golpe foi organizada por um núcleo central dentro da rede criminosa. Além de Bolsonaro, outros nomes destacados na denúncia são: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército, Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. De acordo com a denúncia, "deles partiram as principais decisões e ações de impacto social", com destaque para Mauro Cid, que teria sido responsável por "transmitir orientações aos demais membros do grupo".

A PGR acusou Bolsonaro e seus aliados de liderarem uma organização criminosa armada e tentarem destruir o Estado Democrático de Direito. Entre os crimes atribuídos estão tentativa de golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A acusação também sustenta que desde 2021, Bolsonaro vinha adotando um discurso de ataque às instituições e ao sistema eleitoral, buscando gerar desconfiança nas urnas eletrônicas. Para a PGR, essa escalada autoritária teve seu auge após a anulação das condenações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), permitindo sua candidatura e eventual vitória em 2022.

A denúncia também aponta que Bolsonaro esteve diretamente envolvido na elaboração de um decreto golpista, editado em dezembro de 2022. O decreto visava conceder poderes extraordinários ao ex-presidente e criar uma "Comissão de Regularidade Eleitoral" para revisar os resultados das eleições. Segundo a PGR, o objetivo da ação era pressionar os militares a apoiarem o golpe e impedir a posse de Lula. O general Freire Gomes, então comandante do Exército, confirmou à PGR que a minuta do decreto apresentada por Paulo Sérgio Nogueira era mais abrangente do que a versão inicial de Bolsonaro.

A denúncia também traz informações sobre a operação "Copa 2022", uma tentativa de monitorar o ministro Alexandre de Moraes. A espionagem foi realizada sob ordens diretas de Bolsonaro, e o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara foi apontado como responsável pela execução da operação. As ordens de monitoramento foram dadas com a intenção de "neutralizar" Moraes.

O que se espera da decisão do STF?

A PGR ainda investiga a ligação de Bolsonaro com os acampamentos golpistas montados em frente aos quartéis militares, onde ele incentivou manifestantes a manter a pressão sobre os militares. Esses acampamentos estariam ligados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Além disso, um plano para assassinar Lula e Moraes, chamado "Punhal Verde Amarelo", também foi revelado, incluindo planos para controlar os Três Poderes após as mortes.

O STF agora decidirá se aceita a denúncia da PGR. Caso isso aconteça, será aberto um processo penal, com coleta de provas e depoimentos, e Bolsonaro poderá ser julgado por seus atos. A defesa terá a oportunidade de apresentar recursos durante o andamento do processo.

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